Barbeiro que atendeu ídolos como Neymar e Messi ficou "sem graça" de cobrar
Todo mundo sabe que o dinheiro não é um problema para astros como Neymar, Lionel Messi, Thiago Silva e Ronaldinho Gaúcho, mas você teria coragem de cobrar por um serviço prestado a estes jogadores? Cheio de histórias, o barbeiro Elias Torres, conhecido como Seu Elias em Belo Horizonte, ficou "sem graça" de dizer o valor do corte de cabelo aos clientes ilustres.
"Na verdade, não é que eu não cobro. Como eles não perguntam quanto é, eu fico sem graça de falar 'pô, paga aí'. É algo muito grande para um barbeiro ter uma pessoa como essa na cadeira, então não faço questão de receber dinheiro. A grandeza deles é muito importante para minha carreira", explicou ao UOL Esporte.
"Não tem como cobrar. Só o fato de eu cortar o cabelo dos caras é um pagamento absurdo, tenho certeza de que muitos profissionais da minha área até pagariam para cortar o cabelo do Messi, por exemplo. Nunca cobrei o cabelo do Neymar ou desses caras aí, e eles nem tocam no assunto de pagar", completou.
Casa da Argentina durante a Copa do Mundo de 2014, a Cidade do Galo, CT do Atlético-MG, foi o palco do grande encontro entre Seu Elias e Messi. Difícil dizer qual dos dois falou menos na ocasião. "Messi é bem tranquilo, não interage muito, mas gostou do corte. Ele falou pouco, disse para fazer o corte simples porque ele tinha uma imagem a zelar", contou o barbeiro.
O estilo reservado de Messi não surpreende ninguém, mas o que Seu Elias disse sobre Neymar é revelador. O craque do Paris Saint-Germain, normalmente adepto dos penteados extravagantes, sempre foi conservador quando se sentou diante do barbeiro de Belo Horizonte. Não pedia nada que fugisse muito do básico.
"Chato, não. Ele é exigente e conservador, por mais que todo mundo pense que ele é ousado demais. Todas as vezes que veio, ele nunca quis mudar nada, eu acho que ele só deixa mudar o corte quando usa o barbeiro regular dele, o cara que está sempre cortando para ele", relembrou o profissional, que sempre atendeu Neymar em uma sala reservada.
"O Neymar conversa muito, mas conversa mais com os assessores que estão em volta dele. Ele não me conhecia tão bem assim, e eu não puxo muito assunto. Eu evito ficar puxando conversa, entendeu? A gente tem de saber nosso limite", afirmou Elias, que tem uma estratégia para deixar os jogadores à vontade: fugir do assunto futebol.
"Isso é o principal, é o 'diamante'. Todo mundo que os vê só quer falar de futebol, mas eles falam mais de casa, carro. A gente fala de potência de motor. 'Pô, eu queria morar nesse condomínio aqui, mas tem esse que é mais legal e eu vou para esse aqui agora'. Coisas assim. (...) Tento ser o mais profissional possível para não me acharem chato", disse.
Seu Elias é autor do livro "Ouse Transformar" - por enquanto, publicado de forma independente e vendido em seu site. Segundo ele, não há "uma vírgula sobre tesoura, cabelo, barba, nada disso". Somente sua jornada de marketing e conselhos sobre o sonho do empreendedorismo: "Meus mestres me deram aulas sentados, são meus clientes".
O prefácio foi escrito por Rafael Sóbis, seu amigo pessoal, mas Elias deixou claro ao UOL que clientes como Márcio Araújo, Ricardo Bueno, Lucas Silva e Everton Ribeiro também ficaram satisfeitos com seu trabalho. Mesmo quando ele confundiu Leonardo Silva com Gilberto Silva, e o próprio Gilberto Silva com Carlos César.
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