Caetano é apresentado e quer recuperar autoestima do Inter: "Mira o topo"
Rodrigo Caetano foi apresentado como diretor executivo de futebol do Inter nesta quarta-feira (24). O novo dirigente falou por aproximadamente 30 minutos na sala de imprensa do Beira-Rio e disse que pretende resgatar a autoestima do clube e a disputa por grandes títulos.
"O elenco não deve absolutamente nada aos times que postulam o título nacional. Poucos clubes não oscilam, e isso requer tempo para que se consolide um grupo e um time. Entendo que o Inter tem que voltar a ser protagonista como sempre foi na sua história. Trabalhar a mentalidade dos atletas, e todo torcedor, e tenho na família muitos colorados, meu irmão é sócio do Inter, para que essa autoestima seja elevada, nós temos que passar essa mensagem para eles. Atletas, funcionários, e isso acontece através das vitórias para o torcedor entender que é possível, o Beira-Rio lotado, será a maior contratação do Inter", disse.
O contrato de Caetano tem duração até o fim de 2019, e depois de 10 anos trabalhando no Rio de Janeiro, ele diz que o Internacional passa por um processo de recuperação de autoestima. E com tanto tempo de fora, o dirigente relatou a visão sobre o processo do Internacional, desde a queda para Série B em 2016, até a temporada atual.
"O que aconteceu lá (em 2016) foi uma surpresa. Eu lembro que o Flamengo enfrentou o Inter no primeiro turno e o Inter era líder. Eu não estaria aqui se não imaginasse que o Inter não tem o tamanho que aprendi a admirar. É natural que o torcedor fique um pouco desconfiado depois dessa queda. Ainda não teve a retomada com um título importante. Não resta a menor dúvida que o torcedor tem este direito. Cabe a todos nós engajados nisso é recuperar essa autoestima. Para que o torcedor tenha essa confiança cabe que nos façamos isso. É inadmissível que não se tenha orgulho e alegria de trabalhar num dos maiores clubes do Brasil e do mundo. A autoestima tem que estar elevada, pensando em coisas grandes. O torcedor só vai ver isso se passarmos isso para ele. E não é demagogia não. Se não, não teria feito opção de aceitar isso. Tenho as melhores expectativas para o trabalho aqui", afirmou.
E para reaver a confiança interna e da torcida, é regra 'esquecer' a passagem pela segunda divisão.
"(a segunda divisão) Já faz parte do passado. Muitos tiraram aprendizado, que não queriam ter tido, mas serve de lição. Não é este fato que apaga o tamanho do Internacional, tem grandes conquistas, uma história que dispensa comentários, e cabe a nós, e óbvio que vou procurar amplificar este discurso. De uma vez por todas, isso tem que ficar para trás. Apesar das dificuldades, tem que olhar para o topo, mirar as primeiras colocações, ser protagonista no cenário nacional. Não é a queda que vai invalidar a história", falou.
O trabalho de Rodrigo Caetano será semelhante ao realizado no Flamengo. A recuperação das estruturas do futebol do clube para, como fim, a conquista de títulos.
"Primeiro, claro que não é o ideal nunca chegar no meio da temporada. Mas me tranquiliza, e quando recebi o convite, uma das coisas que me motivou é o elenco que possui. Certamente está entre os melhores (do Brasil), transformar isso em um time é o desafio da grande maioria dos clubes. Não deve nada, não. Melhorias pontuais serão discutidas. Não tenho forma de bolo pronta, primeiro temos que fazer um diagnóstico. Vou suceder um grande profissional que é o Jorge Macedo, que entregou trabalho e resultado na montagem de elenco, o que facilita meu trabalho", arguentou.
Caetano começa a trabalhar imediatamente e dividirá departamento de futebol com o vice Roberto Melo e o diretor Adauri Silveira.
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