Camisa 8? Corinthians tenta dar sobrevida a Jadson em ano final de contrato

Depois de uma temporada em que alternou boas atuações com períodos de irregularidade e acabou no banco de reservas do Corinthians, Jadson inicia 2018 com um novo desafio. Acostumado a jogar pelas pontas ou como legítimo camisa 10, pela faixa central, ele foi recuado por Fábio Carille, espécie de mentor na tentativa de reinventar o experiente meia de 34 anos.
Nas três primeiras partidas do ano, Jadson foi titular como uma espécie de número 8. Sem a bola, fica próximo de Rodriguinho pela parte central. Com a posse, normalmente dá início à saída de jogo, mais próximo ao volante Gabriel, eventualmente aparecendo na frente para ajudar na criação final. A função é muito diferente daquelas que o meia executou ao longo da carreira.
Uma das conclusões de Carille sobre Jadson ano passado é que ele, fisicamente, já não suportava o ritmo necessário para jogar pelos lados. Enquanto titular do time, em diversas partidas ele fez com que o treinador fizesse espécie de compensação pela dificuldade em acompanhar o lateral adversário. Nessas ocasiões, Jadson era posicionado do lado em que a exigência de marcação era menor, contra um oponente menos ofensivo. Naquele momento, também por uma lesão na costela, o jogador teve dificuldades em atuar a 100%.
Em 2015, Jadson se reinventou e brilhou. Como será agora?
Com Rodriguinho em status de praticamente intocável no time titular, Carille pensa numa alternativa que faça Jadson encontrar um novo espaço e se reinventar. Foi mais ou menos assim, em 2015, quando Tite retornou ao clube e Fábio era o auxiliar. Desafiado para executar uma função diferente, pelas pontas, o meia experiente perdeu peso, se adaptou de maneira quase perfeita e terminou o Brasileirão como principal jogador do torneio ao lado de Renato Augusto.
Hoje no Corinthians, as opiniões são divididas sobre a adaptação de Jadson para a função que, em 2015, pertencia exatamente a Renato Augusto. Há quem acredite que, apesar de percorrer distâncias menores agora, ele terá dificuldades para se adaptar a uma região do campo onde há mais contato físico e pressão na bola que exige decisões mais rápidas.
Por enquanto, o desempenho do veterano tem sido razoável. Nos primeiros três jogos do Corinthians em 2018, ele foi destaque na partida contra o Rangers-ESC, pela Florida Cup, e apareceu com duas assistências para gols nos Estados Unidos. Já pelo Paulistão, contra a Ponte Preta, sofreu e perdeu um pênalti, acertou uma boa finalização na trave, mas pareceu sentir o calendário cheio e foi substituído por Carille.
Embora tenha definido a equipe-base com Jadson como titular, o treinador tem deixado claro que se trata também de uma tentativa em afirmar uma opção tática para o decorrer do ano, fora do 4-2-3-1 habitual de 2017. Ele já havia atuado com o meia nessa função no decorrer de seis jogos do ano passado, e em alguns deles o resultado foi visto como positivo. O principal foi o jogo do título, vitória por 3 a 1 contra o Fluminense.
Jadson, vale lembrar, vive o último ano de seu contrato com o Corinthians, que por enquanto não se movimentou por uma renovação e espera pelo desenvolvimento dele em 2018, além das próprias eleições, para se definir. O desempenho na nova função certamente será importante para o futuro do atleta.
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