Bronca de T. Santos em Borja vira exemplo para colombiano recuperar espaço
Miguel Borja seguirá como opção no Palmeiras, pelo menos nas próximas semanas. O centroavante colombiano, no entanto, já sabe qual caminho seguir para recuperar o prestígio que levou o clube alviverde a pagar R$ 35 milhões ao Atlético Nacional no início do ano. A cobrança que recebeu de Thiago Santos na semana, na verdade, é um exemplo do tipo de comportamento esperado para o atacante.
Dono de um perfil retraído no dia a dia, com exceção a quem é mais próximo, Borja é criticado pela pouca proatividade dentro de campo, especialmente no trabalho defensivo. Foi neste tom a cobrança de Thiago Santos no treinamento da última terça-feira.
O volante reclamou de Borja, que não gostou da cobrança, deixou a atividade e sentou ao lado do campo. Precisou o técnico Cuca intervir, sentar-se ao lado do colombiano e conversar. O técnico quer que o camisa 9 “seja Thiago Santos” nas próximas ocasiões, que cobre e participe mais.
Tanto que o treinador abordou o assunto na entrevista concedida na última sexta-feira. Cuca classificou Borja como “um titular”, mas destacou a necessidade de mudança no comportamento para o colombiano conseguir concorrer com Deyverson até o fim da temporada.
“Nesta semana teve uma cobrança [Thiago Santos], e falaram para ele ter uma participação maior. É importante ter esta cobrança, faz parte da democracia do futebol. Falei para ele cobrar também quando ver que outro companheiro não esteja participando. É fundamental ter esta cobrança interna, sempre favorável”, destacou Cuca.
A pouca participação defensiva de Borja é observada desde a Era Eduardo Baptista. O antigo treinador chegou a se reunir com o colombiano e apresentar vídeos que demonstravam a necessidade de uma mudança. Cuca, além de exigir uma proatividade maior, quer um centroavante mais competitivo, como Deyverson.
Deyverson, aliás, foi assegurado como titular na última segunda-feira, mesmo com pedidos de torcedores pela entrada de Borja. O centroavante brasileiro se destaca pela competividade, apontada pela comissão técnica como uma das principais características. É exatamente o oposto do colombiano neste sentido.
Desde a chegada de Deyverson, Borja perdeu espaço. O colombiano foi titular pela última vez contra o Atlético-PR em 6 de agosto, quando Cuca usou uma equipe repleta de reservas – três dias depois, o Palmeiras seria eliminado pelo Barcelona-EQU na Copa Libertadores. O último gol se encontra ainda mais distante: 21 de junho, contra o Atlético-GO.
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