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Após crítica do Flu, Bandeira põe panos quentes: "Não queremos brigar"

Bandeira tenta evitar briga - Gilvan de Souza/ Flamengo
Bandeira tenta evitar briga Imagem: Gilvan de Souza/ Flamengo

Bruno Braz

Do UOL, no Rio de Janeiro

23/04/2017 15h24

Um dia após o presidente do Fluminense, Pedro Abad, classificar a postura do Flamengo como "individualista" na questão envolvendo a administração do Maracanã, o presidente do Rubro-Negro, Eduardo Bandeira de Mello, colocou panos quentes e não se opôs uma gestão conjunta com o Tricolor pelo estádio.

"Eu tenho esperança que os dois clubes possam participar juntos. Se o Fluminense quiser compartilhar a gestão conosco, ótimo. Caso não queira correr risco e jogar sob a gestão do Flamengo, tudo bem. Assim como Vasco e Botafogo também. Não queremos brigar com ninguém", disse Bandeira na chegada ao Maracanã, palco da semifinal deste domingo entre Flamengo e Botafogo.

O maior incômodo de Pedro Abad foi com a postagem no Twitter do vice-presidente de administração, Rafael Strauch, que avaliou que a gestão de Maracanã deveria ser "100%" do clube da Gávea.

"A gente tem visto nas redes sociais o vice-presidente administrativo do Flamengo falar claramente que a gestão tem de ser 100% do Flamengo. Isso demonstra o quão individual é a posição do Flamengo. Eu discordo totalmente. Acho que o Maracanã é dos quatro grandes. Todo mundo tem de poder jogar. E não cabe a um clube determinar quais são as condições que um outro vai jogar. Nem o Fluminense, nem o Vasco, nem o Botafogo e nem o Flamengo", disse Abad.

O caso envolvendo o Maracanã ganhou uma reviravolta nesta semana com a possibilidade do governo abrir uma nova licitação pelo estádio. Até então, o local está encaminhado para ser gerido pela empresa Lagardére, que o Flamengo não apoia.

"Não tem alguém em sã consciência que ache que a nova licitação não é o melhor caminho. É o mais transparente e respeita o contribuinte. Não quer dizer que o Flamengo vá ganhar, ele vai disputar em igualdade de condições. O Flamengo não confia na Largardère, não precisamos explicar o motivo. Se você não confia numa mulher, não fica com ela. Se você não confia num mestre de obras, não faz obra com ele", avaliou Bandeira de Mello.