Gesto repercute, mas R. Caio e SP descartam levantar bandeira de fair play
Rodrigo Caio livrou Jo de um cartão amarelo na derrota por 2 a 0 para o Corinthians neste domingo, ao avisar o arbitro de que ele, e não o atacante, tinha atingido o goleiro Renan em uma dividida. O gesto repercutiu tanto quanto o próprio jogo, mas recebeu tratamento discreto tanto do São Paulo como do jogador. Nenhum dos dois se estendeu sobre o incidente ou quis aproveitar o momento para levantar a bandeira do fair play.
O zagueiro chegou a recusar convite para participar de um quadro em um canal de televisão, falando exclusivamente sobre o lance e sobre fair play no futebol brasileiro. A decisão foi apoiada pelo São Paulo, e o zagueiro passou rapidamente pela zona mista, embora tenha sido um dos únicos jogadores do elenco a falar sobre a derrota.
O UOL Esporte apurou que nem o zagueiro nem o próprio clube tinham segurança de que a maior parte da torcida apoiaria a atitude, já que o São Paulo saiu derrotado e o Corinthians não retribuiu o gesto: Cássio chegou a fazer a tradicional cera na segunda etapa ao dividir uma bola com Cícero.
Além disso, a ideia de ser exaltado pela postura na televisão na sequência de duas derrotas em pleno Morumbi em fases decisivas da Copa do Brasil e do Paulista foi o outro fator que pesou na decisão de tratar o episódio de forma discreta e não valorizá-lo.
O pouco que foi dito sobre o gesto teve o sentido de minimizá-lo. O próprio Rodrigo foi bastante sucinto. “Só falei que eu tinha pisado no Renan, que não tinha sido o Jô. Cada um com sua consciência”.
Rogério Ceni não quis se alongar e sequer entrou em detalhes sobre o incidente. “Rodrigo Caio, o que ele responder, já que ele que participou da jogada, está bem falado. Acho que foi um gentleman, é uma atitude que voces tem que parabenizar mesmo, porque ele é um menino bom”.
Nos próximos dias, o ambiente do São Paulo tem tudo para esquentar: na terça-feira, eleições presidenciais decidirão o futuro do clube, com disputa entre José Eduardo Mesquita Pimenta e Carlos Augusto de Barros e Silva. Na quarta, o elenco vai a Belo Horizonte e precisa bater o Cruzeiro por três gols de diferença para avançar na Copa do Brasil.
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