Por que Grêmio resolveu apostar em reforços 'fora da curva'
O Grêmio já contratou cinco reforços para 2017 e boa parte das caras novas surpreendeu a torcida. A busca por nomes como os de Léo Moura, Jael e Bruno Cortez caracterizam um movimento ‘fora da curva’ no mercado. No Tricolor, as ações são justificadas com três argumentos: encorpar o grupo de jogadores, limites financeiros e fuga de loucuras como em outros anos onde o clube esteve envolvido com a Copa Libertadores.
O UOL Esporte mostra os argumentos do Grêmio para agir no atual mercado da bola.
A base ficou
Campeão da Copa do Brasil, o Grêmio pode celebrar o fato de não ter perdido nenhum dos jogadores considerados titulares. E nem os reservas imediatos.
Além de ter a base do ano passado, o clube também defende que as necessidades eram para o grupo. Carências pontuais, características diferentes. E assim, a prospecção foi diferente.
“O Grêmio não está remontando o time. O Grêmio manteve a equipe e está procurando suprir carências”, disse Odorico Roman, vice-presidente de futebol.
Padrão financeiro
A gestão de Romildo Bolzan Jr. segue com política de austeridade. Este padrão financeiro afastou jogadores que estavam no clube e ganhavam muito e também blindou o Grêmio de negócios pesados. Como a volta de Barcos, Marcelo Moreno e Eduardo Vargas.
Conectado diretamente ao primeiro tópico, que trata de exaltar o time titular mantido e carências pontuais, o Tricolor decidiu definir parâmetros financeiros rígidos. Partiu para a América do Sul atrás de atacantes e deixou o garimpo de defensores no Brasil.
“Diariamente recebemos mais de uma dezena de ofertas, o CDD (Centro Digital de Dados) analisa e a partir dali avançamos para análise com a comissão técnica ou não”, comentou Roman.
Sem loucuras
Se 2017 tem sido de reforços sem tanto impacto, qualquer torcedor gremista vai lembrar o início de 2013. No retorno de Fábio Koff, o clube gaúcho investiu pesado no mercado. Buscou Cris, André Santos, Vargas, Barcos, Wellinton, William José.
As contas daquele começo de temporada se estenderam por vários meses. E desde então, o Grêmio tem buscado equilíbrio. Salários balanceados, sem grandes diferenças no elenco, e principalmente um planejamento a médio e longo prazo para não comprometer receitas.
“Não vamos fazer loucura também, trazer um ou dois e atrasar salários. Esse grupo aqui merece receber em dia, e o Grêmio paga em dia, não tem nada atrasado”, comentou Renato Gaúcho recentemente.
Relembre quem são os reforços
Bruno Cortez, 29 anos, esteve por empréstimo no Japão. Antes dos dois anos no Albirex Nigata, ele rodou por Criciúma e Benfica. Assinará livre, após rescindir com o São Paulo.
Jael trocou o Joinville pelo futebol chinês em 2015 e voltou ao time catarinense no ano passado. Desde dezembro, está livre no mercado e chegou a negociar com Fortaleza e Ceará antes de fechar com o Grêmio.
Léo Moura, 38 anos, disputou o Brasileirão pelo Santa Cruz e foi indicado por Valdir Espinosa – com quem trabalhou no Metropolitano-SC. Já Leonardo foi campeão da Série C do Brasileirão pelo Boa Esporte e Michel, ex-Atlético-GO, venceu a Série B.
Beto da Silva, 20 anos, é quem destoa do pacote de reforços. Revelado pelo Sporting Cristal, o atacante tem sido convocado para seleção peruana principal e estava no PSV, da Holanda. Sem chance na equipe de cima, trocou a Europa pela América do Sul para ter sequência.
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