Torcedores do Corinthians deixam a prisão no RJ após 86 dias detidos
Após 86 dias de detenção, 26 torcedores do Corinthians deixaram o Complexo Penitenciário de Bangu na noite de quarta-feira. Apenas um torcedor segue detido em virtude de trâmites burocráticos. A ordem de soltura havia sido expedida na terça-feira, mas houve atraso por conta da greve da Polícia Civil no Rio de Janeiro.
O grupo havia sido preso após confronto da torcida corintiana com a polícia militar na arquibancada do Maracanã, em 23 de outubro, no jogo contra o Flamengo, pelo Brasileirão.
A decisão de liberar os corintianos detidos foi tomada quatro dias depois de alguns dos torcedores presos terem divulgado uma carta onde relatavam medo de serem mortos em meio à guerra de facções que se alastra nos complexos penitenciários do país.
Os corintianos estavam presos sem julgamento, de maneira preventiva. O juiz Marcelo Rubiolli, do juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos, determinou a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares de restrição ao grupo de torcedores do Corinthians. Fora da cadeia, os corintianos terão de comparecer ao juízo da Comarca de domicílio para informar e justificar as suas atividades até o fim do processo criminal, que segue aberto.
Na ocasião da prisão, a PM carioca mandou as mulheres e crianças saírem, após o jogo, e manteve detidos na arquibancada 3.000 corintianos para identificação.
Ao todo, 31 deles foram presos. No dia seguinte, a Justiça transformou a prisão em flagrante dos torcedores em preventiva. Na decisão da juíza Marcela Caram, constavam imagens de TV de apenas quatro dos 31 presos.
Os outros foram reconhecidos por quatro policiais. Desde então, dois deles haviam conseguido habeas corpus e um menor foi solto pela Vara da Infância e da Juventude, ao constatar que ele não participou da briga. Em meados de dezembro, mais um corintiano foi solto.
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