Atlético-PR dá prazo de tolerância a meio-campista acusado de assassinato
Com reapresentação e exames médicos marcados para essa quinta-feira (12), o Atlético Paranaense não receberá entre seus atletas com contrato o meia Luciano Cabral, detido na Argentina para prestar esclarecimentos sobre um assassinato. Apesar do caso estar se desenrolando desde o dia 1 deste ano, o Furacão irá aguardar uma clara definição da Justiça Argentina antes de decidir se rescinde ou não o contrato do jogador, emprestado com prioridade de compra pelo Argentinos Juniors.
“Ainda é precoce (falar em rescindir contrato). A gente precisa saber qual o encaminhamento disso. Vamos ter que aguardar a legislação e ver como vamos fazer com isso”, contou o presidente do clube, Luiz Sallim Emed. O advogado de Cabral, Gustavo Nadic, é quem tem mantido contatos com o Atlético. “Temos algumas dificuldades de contato, estamos acompanhando a distância. Estão tentando pagar uma fiança pra responder em liberdade. Está difícil, a gente não sabe os principais motivos de não terem o liberado ainda”, afirmou Sallim, que disse ainda que o departamento jurídico está analisando as hipóteses e acompanhando o caso diretamente do Brasil, sem nenhum representante em Mendoza.
Acusações graves
Contra Cabral, pesa a acusação do assassinato de Joan Villegas, morto com golpes de pedra na cabeça no dia 1 de janeiro. O pai do atleta, Juan Oscar, foi preso no dia seguinte, junto a um rapaz menor de idade. Dias depois, ao se apresentar acompanhado de um advogado, Luciano Cabral foi detido pela polícia e permanece em cárcere, com o pedido de fiança ainda não aceito pela Justiça Argentina.
Nesta quarta, muros da região onde o crime ocorreu amanheceram pichados com acusações contra o jogador, em General Alvear, em Mendoza. Através das redes sociais, a mãe da vítima tem feito postagens acusando nominalmente o jogador de ser o executor do crime, enquanto pede para que “a justiça ignore o dinheiro dele”. O advogado de Cabral, por sua vez, declarou publicamente que o caso ganhou proporções por se tratar de “um atleta com prestigio internacional”, enquanto reafirmou acreditar na inocência dele.
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