Filho de copiloto diz que avião levava quantidade justa de combustível
Bruno Fernando Goytia Gómez, filho do copiloto Ovar Goytia que estava no avião da Chapecoense, informou ao jornal boliviano El Deber que a aeronave da companhia Lamia deixou a cidade de Santa Cruz de la Sierra com a quantidade justa de combustível para fazer o pouso em Medellín.
"Tomaram a decisão de encher o tanque por completo e seria possível fazer o pouso, tanto que caíram a apenas 17 milhas do aeroporto, que são três ou cinco minutos. Mas o tráfego de espera acabou consumindo todo o combustível que restava. Mas temos de esperar a investigação das caixas pretas para saber o que de fato ocorreu no acidente", afirmou.
O avião da Lamía foi colocado em espera pois um outro, da VivaColombia, declarou situação de emergência e ganhou prioridade. Com isso, a aeronave que transportava a Chapecoense ficou dando volta em círculos até que desaparecesse do radar.
"Havia dois aviões em situação de emergência e a torre não soube controlar", disse.
Segundo Bruno, optou-se por encher o tanque por completo - uma prática incomum - pois não seria possível fazer uma parada para reabastecimento em Cobija (norte da Bolívia) devido às faltas de condições do aeroporto da cidade para operar voos noturnos. A autonomia padrão do modelo Avro RJ-85 é de cerca de 3.000 quilômetros e a distância entre Santa Cruz e Medellín é de 2.975km.
"Pelo que tinha entendido, haveria uma escala em Cobija. Mas o voo da Chapecoense saído do Brasil teve um atraso e chegou na hora além do previsto em Santa Cruz. Como não há operações noturnas em Cobija, pois não há luz na pista, tomou-se esta decisão de encher o tanque por completo", contou.
De fato, houve atraso no voo que levou o time brasileiro para Bolívia. O voo da BOA (Boliviana de Aviación) deveria ter saído do Aeroporto de Guarulhos às 15h15 de segunda-feira e aterrissar em Santa Cruz às 16h05. Porém, decolou às 16h22 e chegou às 17h12.
Bruno deveria fazer parte da tripulação que levou a Chapecoense à Colômbia, mas de última hora foi substituída por Sisy Arias Paravicini, filha do magnata Jorge Arias, que aspirava cumprir as mil horas de voo necessárias para aplicar a uma grande companhia.
Brunop havia estado no voo da Lamia que transportou o time brasileiro para a cidade de Barranquilla (COL) para o duelo das quartas de final da Copa Sul-Americana contra o Junior.
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