Imbróglio na China ainda trava assinatura de Wagner com Corinthians
Embora já realize até exames com o Corinthians, o meia Wagner não possui liberação para ser reforço do clube na temporada 2017. Ele enfrenta um litígio com o Tianjin Teda-CHN e ainda busca resolver a situação. A direção corintiana já conta com ele para o próximo ano.
Wagner se desligou da equipe chinesa por conta própria nos últimos meses e tenta reabrir negociações para rescindir o vínculo vigente. Na sequência disso, enfim, poderia assinar com os corintianos.
Nos últimos dias, representantes brasileiros com trânsito no futebol chinês foram procurados por Wagner para reabrir o diálogo com o Tianjin Teda. O contrato entre as partes ainda está vigente para a temporada 2017 - ele ganha 1,9 milhão de dólares por ano (cerca de R$ 6,5 milhões).
Ao longo desse semestre, diversas tentativas de acordos foram realizadas entre jogador e Teda. Segundo apurou a reportagem, Wagner recusou uma oferta para que recebesse 80% dos valores previstos no contrato para 2017 e também não aceitou ser emprestado.
O problema ocorreu a partir do meio do ano passado, quando a equipe chinesa contratou outros jogadores estrangeiros e retirou Wagner da lista de inscritos da Liga. Sem acordo, o Teda deu férias ao meia brasileiro, que não se reapresentou mais e optou por rescindir, unilateralmente, o vínculo que ainda possuía, além de dar entrada com um processo na Fifa.
A conduta do meia brasileiro, segundo apurou a reportagem, irritou bastante os dirigentes na China e reduziu o diálogo entre as partes. Por isso, nos últimos dias, Wagner recorreu a intermediários com trânsito na Liga Chinesa que pudessem retomar as negociações.
Ao Corinthians, o jogador e seus representantes asseguraram que ele terá a liberação para assinar com o clube por duas temporadas. Em contato com a reportagem, o advogado Breno Tannuri, responsável pelo caso, minimizou o problema.
“Para ele conseguir a liberação, precisamos da abertura da janela, que só será em janeiro. Só assim, com a assinatura de contrato, nós levamos isso para a federação (Paulista) e poderemos considerar ele liberado na Fifa. O Wagner estava jogando fora do país, na China”, argumentou à reportagem. É nas garantias do advogado que o Corinthians se baseia para considerar o meia como reforço para 2017.
Para obter a rescisão unilateral, Wagner aponta para o artigo 15 do regulamento de transferências, que abre esse precedente para atletas que tenham atuado menos de 10% dos jogos de sua equipe na temporada anterior de uma liga nacional. O meia ex-Fluminense, porém, atuou em toda a primeira metade do Campeonato Chinês de 2016.
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