Peruano recebe elogios, mas histórico de lesões veta investida do Grêmio
"É um grande jogador", disse o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, ao avaliar as capacidades do peruano Jefferson Farfán, de 31 anos, do Al Jazira. Oferecido ao clube no mês passado, o nome chegou a ser avaliado pelo comando, no entanto o histórico de lesões vetou investida.
Não foi apenas isso. Além de estar em recuperação de uma lesão, Farfán passou quase um ano parado entre 2014 e 2015, quando deixou o Shalke 04. Teve problemas na cartilagem de um dos joelhos, que já havia passado por cirurgia em 2011 e 2007. O alto valor envolvido em um eventual empréstimo gerou recuo.
Segundo o diretor executivo de futebol do Tricolor, Farfán teria um contrato de 4 milhões de dólares com o Al Jazira. Um vínculo que para ser quebrado demandaria investimento alto.
"São duas coisas claras. Primeiro, como seria o negócio? Segundo, quando poderíamos aproveitar ele? É inegavelmente um grande jogador, mas estes dois pontos pesam muito. Ele poderia, quem sabe, treinar em março. E jogar? São situações que impedem uma investida. Mesmo sendo um jogador de qualidade", explicou Bolzan ao UOL Esporte.
Farfán recentemente recebeu proposta para voltar ao Alinza de Lima, clube que o revelou para o futebol. Rejeitou por conta de uma dívida do clube com ele. "Se me devem dinheiro, como eu vou voltar?", disse a uma rede de televisão peruana.
Com passagens por PSV e Shalke, com mais de 100 partidas disputadas pelo time holandês e mais de 200 no Alemão, Farfán é conhecido também pelas repetidas convocações para seleção de seu país. Contudo, a lesão que o afastou por quase um ano dos gramados ainda mostra reflexos em sua condição física. Tanto que ele sequer foi inscrito pelo Al Jazira nas competições continentais que irá disputar e desde o meio de 2015 fez apenas 10 jogos pelo clube.
A ideia dos árabes é emprestá-lo até setembro para que cumpra recuperação e ganhe ritmo de jogo. Mas ao que tudo indica o clube a receber ele não será o Grêmio.
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