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Sob ataque da Ferj, Fla e Flu tentam salvar movimento de independência

Alexandre Vidal/Fla Imagem e Nelson Perez/Fluminense FC
Imagem: Alexandre Vidal/Fla Imagem e Nelson Perez/Fluminense FC

Bernardo Gentile e Vinicius Castro

Do UOL, no Rio de Janeiro

20/01/2016 06h00

Flamengo e Fluminense iniciaram um movimento de independência no futebol ao romper com a Federação de Futebol do Rio de Janeiro. O que poderia se tornar uma bonita história se encaminha para um frustrante capítulo. O motivo é que os clubes se mostraram enfraquecidos em todas as frentes em que lutaram até o momento.

Ao romper com Federação do Rio, Fluminense e Flamengo tinham como objetivo utilizar jogadores reservas no Campeonato Carioca 2016. Com ameaças de punição financeira e até de um pedido da Globo, a dupla recuou e já definiu que os titulares estarão em campo no próximo Estadual.

Resta a Flamengo e Fluminense fazer acontecer o campeonato organizado pela Primeira Liga. Em reunião na última terça-feira, os clubes reafirmaram que a Liga está mantida em 2016, mesmo que parte dos times tenha confirmado que utilizarão os reservas neste primeiro momento, principalmente os que disputarão a Libertadores.

Além disso, a Liga ganhou a oposição da CBF, que inicialmente apoiava a criação do torneio. O órgão máximo do futebol no país, porém, mudou de ideia e se juntou à Ferj para impedir a realização. A Federação do Rio enviou documento a CBF em que exige o adiamento para 2017, além de diversas medidas interventoras. A entidade carioca tem plano de ir à Fifa para pedir a punição de Flamengo e Fluminense por participarem da liga.

"Temos uma posição absolutamente solidária em relação a Flamengo e Fluminense. Uma solidariedade prática e não retórica", afirmou o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Jr. "Não temos posição de conforto. Se não for possível construir algo junto da CBF, e for partir para punição, vamos mudar o nosso raciocínio. Estamos unidos com Fla-Flu."

Dessa forma, mesmo com a Liga enfraquecida, a participação de Flamengo e Fluminense seria uma vitória nos bastidores e validaria o movimento de independência criado ainda em 2015. O primeiro passo foi dado na última reunião, quando foi confirmada o contrato de transmissão com o SporTV, que pagará R$ 5 milhões, mais o pagamento de despesas de viagem. O torneio começa no dia 27 de janeiro.