Cruzeiro muda política de contratações e fica tímido no mercado da bola
Às vésperas do Natal, o Cruzeiro se acertou somente com um reforço: Douglas Coutinho, do Atlético-PR, chega a Belo Horizonte por empréstimo de um ano. E mesmo assim a diretoria nem sequer anunciou o atacante, de 21 anos, para a próxima temporada. O acordo somente com um nome evidencia a queda de movimentação da cúpula na atual janela de transferências.
Os próprios membros da cúpula têm ciência que, neste ano, o número de reforços será reduzido. O diretor de futebol Thiago Scuro revelou que a inserção do clube no mercado de transferências será reduzida em 2016.
“Estamos num momento de focar no curto prazo, mas óbvio que começar a observar que tipo de reorganização que o elenco precisa sofrer por várias razões. Estamos prevendo poucas contratações, de atletas com perfil que estão sendo estabelecidos por nós, para trabalhar com número adequado de jogadores à filosofia do treinador. Tendo espaço para Toca I vivenciar o profissional e serem preparados para o futuro e sempre buscando vitórias”, afirmou.
Dentre os motivos para o baixo número de contratações, está a troca no comando. Os responsáveis pelas transações não são os mesmos de outrora. No primeiro ano da gestão de Gilvan de Pinho Tavares, em 2012, quando Dimas Fonseca era o diretor de futebol, 21 atletas chegaram à Toca da Raposa II. Alguns nem sequer atuaram com as cores do time e já foram emprestados ou negociados.
No ano seguinte, Alexandre Mattos já havia assumido o cargo de diretor de futebol. E, ao lado do técnico Marcelo Oliveira, teve a incumbência de montar a equipe que faturou o Campeonato Brasileiro 2013. O dirigente buscou 19 atletas para reconstruir o elenco. O resultado foi o título nacional.
Para a busca do bicampeonato brasileiro, Alexandre Mattos não movimentou da mesma forma o mercado de transferências. Porém, depois de perder importantes nomes, levou mais dez jogadores à Toca da Raposa II. E o diretor de futebol obteve êxito em sua missão, assegurando novamente o título nacional.
As saídas de peças importantes, em dezembro de 2014 e janeiro de 2015, fizeram com que o Cruzeiro voltasse com força ao mercado de transferências. A perda de seu diretor de futebol para o Palmeiras, no entanto, impediu que as reposições fossem com a mesma qualidade. O ex-gerente de futebol Valdir Barbosa e o supervisor Benecy Queiroz buscaram 18 jogadores, mas sem a mesma eficiência de Mattos. Resultado: o Cruzeiro só se reencontrou no fim da temporada.
Agora, o vice-presidente de futebol Bruno Vicintin, o diretor Thiago Scuro e o superintendente Sérgio Santos Rodrigues são quem cuidam do departamento. O trio adota uma política distinta. A intenção é manter a base que se destacou sob a batuta de Mano Menezes e subir atletas das categorias de base para auxiliar o técnico Deivid.
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