Operários de obras para Copa 2018 acusam atrasos de salários, diz jornal
De acordo com o jornal britânico The Guardian, empregados responsáveis pelas obras para a Copa do Mundo de 2018 na Rússia reclamam da falta de pagamentos de salários nos últimos meses, “apesar de o orçamento para os estádios ter aumentado cinco vezes desde que o país conquistou o direito de conquistar o torneio”.
Segundo a publicação, 50 operários estão processando duas empreiteiras em cerca de 14 milhões de rublos (pouco menos de R$ 770 mil) por conta de atrasos nos vencimentos. Os empregados ainda criticam as condições inseguras de trabalho – desde 2011, pelo menos cinco operários morreram nas obras da Zenit Arena em São Petersburgo.
“Não recebo meus pagamentos há três meses”, disse um funcionário uzbeque de 47 anos, que evitou divulgar seu nome por medo de represálias. “Estamos pegando (dinheiro) emprestado de parentes e amigos em São Petersburgo para mandar para nossas famílias e nossos filhos.”
O estádio do Zenit, que deveria ter sido inaugurado em 2008, é alvo de acusações de superfaturamento – em 2013, uma investigação apontou o superfaturamento de 16,5 milhões de rublos (cerca de R$ 900 mil) por conta de uma empreiteira. A projeção é que o local seja aberto em maio de 2016, a tempo de hospedar jogos da Copa das Confederações de 2017.
A Transstroy, principal empreiteira responsável pelas obras para a Copa do Mundo em Zenit, alega que paga salários em dia e que fornece equipamentos de segurança aos operários. No entanto, segundo o jornal, um grande número de subsidiárias seria responsável por boa parte da construção.
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