PM admite incapacidade de conter briga entre torcedores e que 'assistiu ao conflito'

A briga generalizada entre torcedores do Corinthians e Palmeiras, na manhã de domingo, pegou a Polícia Militar desprevenida. A afirmação é do cabo Adriano Lopomo, que participava da escolta do ônibus da torcida alviverde. A corporação pouco pôde fazer para conter a violência, destacou o cabo à TV Globo.
De acordo com o cabo Adriano Lopomo, a polícia estava em número bem inferior. Duas viaturas faziam a escolta. Mas pelo menos 500 torcedores entraram em conflito antes do clássico paulista.
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O torcedor do Palmeiras, André Alves, 21 anos, levou tiro na cabeça e morreu horas depois, no hospital Vila Cachoeirinha.
“Eles começaram a se aproximar, a PM ficou no meio das duas torcidas, mas teve uma hora em que a integridade física da gente ficou comprometida e não houve aproximação. Eles estavam usando fogos de artifícios, bombas. E a policia não teve outra saída a não ser recuar e, infelizmente, praticamente assistiu ao conflito”, disse o cabo à Rede Globo.
André é irmão de Lucas Alves, que havia sido baleado durante confusão com a polícia de Presidente Prudente, em 2011.
TORCIDA DO OLYMPIQUE É IMPEDIDA DE IR A JOGO
Os torcedores do Olympique de Marselha estão impedidos de comparecer ao jogo contra o PSG, quer acontecerá no dia 8 de abril, em Paris. De acordo com as autoridades francesas, o veto da torcida do Olympique se deve ao histórico de badernas e depredações de bens públicos.
O Ministério do Interior da França proibirá a presença nos arredores de qualquer torcedor que aparenta ser ligado ao Olympique.
A polícia investiga se o encontro foi combinado na internet. A grande quantidade de objetos usados para o confronto é um indício de que a briga já estava agendada. Barras de ferro, fogos de artifícios e armas de fogos foram usadas na confusão ocorrida na avenida Inajar de Souza.
O promotor Paulo Castilho, atualmente licenciado do Ministério Público de São Paulo para exercer a função de diretor do Departamento de Defesa dos Direitos do Torcedor, cobrou do Estado e da polícia escutas telefônicas e rastreamento nas redes sociais para identificar e prender membros de torcidas organizadas que marcam brigas nas ruas em dias de clássico.
Além da morte de André Alves, outros três torcedores estão gravemente feridos.
Segundo pessoas ligadas a uma das torcidas organizadas do Corinthians, o confronto deste domingo é uma "revanche" de uma briga que aconteceu em agosto do ano passado e culminou na morte do corintiano Doulgas Karin Silva, encontrado no rio Tietê.
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