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CBF reclama com clubes após cobranças por ajuda financeira durante crise

Colaboração para o UOL, em São Paulo e Aracaju, e do UOL, em Belo Horizonte

31/03/2020 04h00

Pressionada pela opinião pública e pelos próprios clubes a entrar com ajuda financeira ao sistema do futebol durante a crise provocada pelo coronavírus, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) reagiu e entrou em contato com alguns dirigentes com um recado: que "se contenham" nos pedidos via imprensa para que a entidade entre com dinheiro como forma de ajuda.

Contando com o secretário geral Walter Feldman como interlocutor, a CBF ligou para dirigentes de clubes que têm sugerido publicamente que a entidade banque despesas nesse período, especialmente em clubes menores. A De Primeira apurou que os contatos ocorreram logo após a última reunião entre a CBF e o Conselho Nacional de Clubes (CNC). Recentemente, a CBF anunciou receita recorde em 2019, com R$ 957 milhões de entrada. Um novo encontro, virtual, está previsto para hoje (31).

Na reunião em questão, clubes como Vasco, Coritiba, Juventude e Brasil de Pelotas questionaram a confederação sobre como ela poderia ajudar com aportes. Quem puxou a discussão foi o presidente do Vasco da Gama, Alexandre Campello, que também é o atual presidente da comissão de clubes dentro da CBF. "Os clubes estão numa situação de um certo desespero, especialmente os menores", contou Campello, "E com a perspectiva grande de diminuição de receita, sem arrecadar bilheteria, patrocinadores. E na reunião eu levantei essa possibilidade, pra entender se a CBF poderia contribuir." (Por Napoleão de Almeida)

Resposta inicial da CBF a Campello sugere negativa aos clubes

Secretário geral da CBF, o ex-deputado Walter Feldman tem sido o interlocutor principal na discussão com os clubes. A Campelo, ele indicou que a entidade não tende a flexibilizar tanto seu modus operandi para acolher os clubes menores. "O Walter demonstrou que a CBF tem contribuído bastante na relação direta, sendo ativa com os poderes públicos, solicitando paralisação de cobranças como o Profut, outros impostos, que tem dialogado no sentido de não haver redução nas cotas, mas que essa questão financeira eles não teriam caixa pra isso", disse o dirigente vascaíno. (Por Napoleão de Almeida)

Clubes apelam até a dinheiro do 'legado da Copa' como reforço ao caixa

Um recurso específico levantado pelos clubes como possível ajuda neste momento de crise foi o dinheiro que a Fifa se comprometeu a deixar ao Brasil via fundo de legado da Copa de 2014. A verba seria destinada basicamente para socorrer os clubes menores neste caso. Feldman explicou que esse montante não pode ser remanejado. "O dinheiro que eles têm, oriundo da Copa do Mindo, tem um destino estabelecido e não tem como usar de outra maneira. E tem que ser pra construção de equipamentos, como CTs, em estados que não foram beneficiados pela Copa. Aventou-se uma mobilização pela abertura de uma linha de crédito com a Caixa, mas não há nada ainda", comentou o presidente cruzmaltino. (Por Napoleão de Almeida)

Globo suspende pagamento de cota do Baiano até possível retorno

A Globo avisou aos clubes que disputam o Campeonato Baiano nesta segunda-feira (30) que suspenderá o pagamento das cotas dos direitos de transmissão da competição até que uma decisão seja tomada a respeito de sua continuidade ou não após a paralisação pelo avanço da pandemia do Covid-19. No entanto, a emissora voltou a garantir que pagará todo o valor caso o Campeonato Baiano volte a ser disputado. Os clubes entenderam a posição da Globo e ainda vão se reunir para definir se o campeonato de 2020 vai terminar ou não. A Globo paga R$ 2.5 milhões para transmitir o Campeonato Baiano, pagando diretamente R$ 800 mil para Bahia e Vitória - a outra parte, R$ 900 mil, é dividida igualitariamente entre os outros clubes da competição. (Por Gabriel Vaquer)

Conselheiros assalariados devem definir se abrem mão de cargos no SPFC

Mesmo com o São Paulo fechado por causa da pandemia do coronavírus, os bastidores políticos do clube seguem agitados. Até o fim desta semana, os conselheiros que têm cargos assalariados devem definir se abrem mão de seus empregos ou de sua vaga no Conselho Deliberativo. De acordo com o artigo 57 do estatuto, não é possível um conselheiro exercer um cargo remunerado (com a exceção do presidente do executivo) sem abrir mão de sua cadeira. Estão nessa situação: Elias Barquete Albarello (diretor executivo financeiro); Eduardo Rebouças Monteiro (diretor executivo de infraestrutura); Paulo Mutti (superintendente de gestão de contratos) e Mauro Castro (gerente de estádio). (Por José Eduardo Martins)

Sindicato de Atletas de MG não debateu corte salarial com grupo do Atlético

O Sindicato de Atletas de Futebol de Minas Gerais (Safemg) não conversou com membros do elenco do Atlético-MG sobre a redução salarial de até 25% imposta pela diretoria. Juarez Alves Pimenta, presidente da entidade, confirmou à coluna UOL De Primeira que nem sequer trocou mensagens com os jogadores do clube para abordar a situação envolvendo o corte na remuneração. Ele, no entanto, admite que houve negociação entre a diretoria alvinegra e o departamento jurídico do órgão que tem a incumbência de representar os jogadores. A Fenapaf (Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol) ficou fora das tratativas, mesmo que os seus líderes tenham boa relação com Réver e Fábio Santos, dois dos líderes do elenco comandado por Sampaoli. (Por Thiago Fernandes)