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Argentinos balançam estádio e abraçam Messi após pênalti perdido

Jogadores da Argentina celebram gol de Álvarez contra a Polônia, pela Copa do Mundo do Qatar - Robbie Jay Barratt - AMA/Getty Images
Jogadores da Argentina celebram gol de Álvarez contra a Polônia, pela Copa do Mundo do Qatar Imagem: Robbie Jay Barratt - AMA/Getty Images
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Os contêineres balançaram. Ou, pelo menos, a arquibancada, que é circundada e "amparada" por 974 contêineres no estádio que leva, no nome, este impressionante número. Foi o que aconteceu após o primeiro gol da Argentina sobre a Polônia.

O gol de MacAllister foi o gol do alívio, logo no começo do segundo tempo, e nem sequer foi visto por dezenas de argentinos que voltavam correndo pelas bocas da arquibancada, com comes e bebes em mãos. O intervalo foi marcado pela apreensão, já que Messi havia perdido um pênalti no finalzinho do primeiro tempo. Mas veio o gol, a explosão e os saltos da torcida fizeram o estádio literalmente chacoalhar.

Nitidamente, havia mais argentinos "raiz" no Estádio 974 do que "argentinos internacionais" desta vez, o que não havia acontecido nos dois jogos anteriores - quando a torcida argentina havia sido "engolida" pelas da Arábia e do México.

Atrás de onde saíram os dois gols do jogo, torcedores entraram em conflito com os fiscais diversas vezes, pois os funcionários estavam orientados a mandar as pessoas sentarem, o que era impossível. Amontoados aos milhares, em pé, pulando e cantando o jogo inteiro, os argentinos se aglomeraram nos setores onde estavam as torcidas mais organizadas, com tambores e batuques. Os dois gols provocaram correria e caos nas arquibancadas.

"Vamos, Argentina, vamos! Coloquem 'ovos' que ganhamos!" era o principal grito nas arquibancadas, acompanhados de outros e de músicas.

Na noite "perfeita" para os hermanos, o momento de mais tensão, o pênalti perdido, foi sucedido de gritos de "Messi, Messi, Messi". A torcida adotou também os dois jogadores que entraram na equipe titular, Enzo Fernández e Julián Álvarez. Eles foram os mais aplaudidos antes de a partida começar, quando a escalação foi anunciada nos telões do 974 (exceto Messi, é claro), e recompensaram a confiança do técnico e da torcida fazendo a jogada do segundo gol - passe de Enzo, gol de Julián.

Já com 2 a 0, Enzo Fernández conseguiu desarmar Lewandowski, no que era um ataque promissor da Polônia, e teve entoados nas arquibancadas gritos de "ole, ole, ole, ole, Enzo, Enzo".

No fim da partida, a festa da Argentina durou muitos minutos e o time foi em direção à torcida para celebrar. A festa ganhou contornos de celebração conjunta quando entraram nela os jogadores poloneses e os poucos torcedores do país europeu que estavam no estádio. Primeiro, com o gol da Arábia Saudita, aos 51min do segundo tempo, que enterrou as chances mexicanas. Depois, com o fim do outro jogo do grupo. A vitória por 2 a 1 do México deu à Polônia a vaga no saldo de gols.

Messi e Lewandowski se abraçaram no campo, conversaram algo e, abraçados, estão nas oitavas de final da Copa. Os "hinchas argentinos" ainda passaram meia hora cantando atrás dos gols do 974. E a festa promete ir longe.