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Copa 2018

Tite diz que Neymar erra ao se irritar e tenta mudá-lo sem tirar a coragem

Tite na capa da edição de aniversário da revista VIP - Divulgação
Tite na capa da edição de aniversário da revista VIP Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

30/05/2018 15h47

“Está errado e precisa evoluir”. É assim que Tite define as reações mais exageradas de Neymar com os árbitros e adversários durante as partidas. Em entrevista à revista “VIP”, o técnico da seleção brasileira afirmou que o atacante dá margem para as pessoas criticarem sua postura e que busca trabalhar para que o jogador mude essa conduta.

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“Por ser competitivo, às vezes ele se irrita de forma muito fácil com o adversário e com o árbitro. Está errado e ele precisa evoluir. Sinto-me à vontade porque não falo para a imprensa sem antes ter falado para a pessoa. Já falei para ele: ‘Tu dá margem porque dá ibope para as pessoas falarem de ti em vez de falar do árbitro que errou ou do cara que te deu pan­cada. Transfere para eles a res­ponsabilidade. Fica quieto. Aí vão ver que o árbitro deixou de coibir a violência, que o cara fica toda hora batendo em ti e não toma cartão. Fica quieto e vai jogar’”, afirmou Tite.

O técnico da seleção brasileira vê como uma missão ajudar Neymar a mudar seu comportamento. “Preciso ter cuidado para não tirar dele a coragem, a agressivi­dade [com a bola]. Mas, ao mesmo tempo, conduzi-lo para que não tenha comportamentos que pos­sam ser melhorados”.

Camisa 10 da seleção brasileira, Neymar é apontado como o principal jogador do elenco e, por isso, carrega grande responsabilidade às vésperas da Copa do Mundo. Para Tite, contudo, é necessário trabalhar em equipe para tirar o peso das costas do atacante.

“Neymar compreende que cada um de nós tem que assumir uma responsabilidade. O técnico tem que assumir sua responsabi­lidade. O Marcelo, o Miranda, o Marquinhos têm que assumir as suas. E não ficar pensando: ‘Ah, o Neymar vai resolver para nós e fica fácil para mim. Bota no colo dele que, quando o resultado não vem, foi nosso principal atleta quem não resolveu’”.

“Temos que trabalhar enquan­to equipe. Não é ele quem vai ser ‘o cara’ quando vencermos nem culpado (se perdermos). Mas ele pode vir a se tornar o melhor do mundo se a equipe estiver forte”, completou.

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