Ele selou última derrota do Brasil em final de Copa e hoje defende Neymar

As duas cabeçadas de Zidane que superaram Taffarel marcaram a final da Copa do Mundo de 1998, quando a França, em casa, bateu o Brasil por 3 a 0. Mas naquele dia outro francês se destacou: além de cobrar o primeiro escanteio na cabeça do camisa 10, Emmanuel Petit selou o triunfo ao receber em velocidade e tocar de esquerda para fazer o terceiro gol.
Mas embora tenha sido carrasco da seleção de Zagallo em 1998, o ex-volante já se declarou fã do futebol pentacampeão, elogiou brasileiros com quem atuou e, em meio a críticas a Neymar na França, já saiu em defesa do atacante brasileiro. Comprou briga com os torcedores locais para defender Neymar.
“Esse cara precisa do carinho do público para mostrar todo o seu talento. Se ele vê que esse sentimento frio está instalado nas arquibancadas, os fãs poderiam disparar um tiro no pé no dia seguinte. Neymar poderia pedir sua saída. E então todos nós choraremos. Se mantenham assim e choraremos”, disparou Petit em janeiro, em entrevista à rádio “RMC”.
Comprar briga na França, porém, não é novidade para Petit. Dono de personalidade forte, ele já criticou Zidane em seu livro ao apontar omissão do hoje técnico do Real Madrid em questões sociais na França. E foi além, dizendo que “Zizou” sempre foi muito preocupado apenas com as grandes marcas que o apoiam.
O ex-volante também não poupa críticas ao Barcelona e já cutucou até Guardiola, seu ex-companheiro no time catalão. “Havia muita rivalidade no vestiário, principalmente do Guardiola, capitão, com os jogadores holandeses. A maioria das discussões era por questões políticas”, disse ele ao “The Sun”.
Baladeiro assumido nos tempos de jogador e polêmico nas entrevistas, Petit também se envolveu com a seleção brasileira após aposentar as chuteiras. Como sócio da empresa de marketing esportivo Kentaro, ele ajudava a abrir portas em negociações envolvendo amistosos do Brasil pelo mundo.
Mais tarde, a Kentaro seria investigada por participação em suposta lavagem de dinheiro para compra de votos a favor do Qatar para receber a Copa do Mundo de 2022.
Petit, por outro lado, também já mostrou seu lado beneficente. Em 1998, ganhou cerca de US$ 50 mil em uma máquina de jogos de azar. Em vez de patrocinar mais alguma festa, o ex-jogador doou tudo a uma instituição de caridade.
Atualmente, Petit segue atuando como comentarista na França. E gostem dele ou não, o título de 1998 teve muito da sua participação.
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