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Copa 2018

Quanto a seleção peruana pode perder sem Guerrero no sonho pela Copa

Guerrero comemora gol do Peru contra a Colômbia - ERNESTO BENAVIDES/AFP
Guerrero comemora gol do Peru contra a Colômbia Imagem: ERNESTO BENAVIDES/AFP

José Eduardo Martins

Do UOL, em São Paulo

04/11/2017 04h00

A notícia de que Paolo Guerrero foi flagrado no teste antidoping do jogo contra a Argentina, válido pelas Eliminatórias para a Copa, abalou o treino da seleção peruana durante a tarde desta sexta-feira (3). A preocupação do técnico Ricardo Gareca pode ser explicada facilmente pelos números do atacante e pelo retrospecto da sua equipe, que luta para voltar para a disputa de um mundial depois de 36 anos. A esperança agora ficará nos pés de Cueva, destaque do São Paulo, e Farfán, com experiência no futebol europeu.

Decisivo, o atacante é artilheiro do Peru nas Eliminatórias para a Copa, com seis gols. Aliás, alguns destes são decisivos, como a falta no empate por 1 a 1 com a Colômbia, na última rodada da competição. O jogador também é o líder de finalizações de sua seleção no torneio, com 20 certas e 30 erradas em 17 partidas. Na faixa ofensiva do campo, quase todas as jogadas também passaram por seus pés, foram 52 toques na bola nas áreas adversárias.

Além dos gols marcados, ele também ajudou os companheiros a balançar as redes. Nestes jogos, Guerrero deu duas assistências e criou 19 oportunidades para os companheiros. O atacante também se mostrou muito participativo e era figura constante nas listas de Gareca, tanto que só desfalcou a seleção em uma partida - contra a Bolívia por ter de cumprir suspensão automática após receber dois cartões amarelos.

Com a geração de Guerrero, o futebol do país passou a ser encarado de outra maneira. Por clubes, Guerrero levou o nome do Peru para a Europa, quando defendeu Bayern de Munique e o Hamburgo, ambos da Alemanha. Depois, veio para o Brasil em 2012 e foi decisivo para o Corinthians na conquista do Mundial de Clubes, quando fez o gol na final com o Chelsea. Hoje, ele defende o Flamengo.

Já a seleção peruana, com a geração de Guerrero, Cueva, Trauco e Farfán, chegou a sua melhor colocação no ranking da Fifa - hoje ocupa a décima posição. De quebra, pode voltar a disputar a Copa do Mundo depois de 36 anos de ausência - a última participação foi em 1982, na Espanha. A decisão da vaga contra a Nova Zelândia será entre os dias 11 e 16.

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