Rodrigo Mattos

Rodrigo Mattos

Siga nas redes
ReportagemEsporte

Por que sua terceira lista da seleção é a que mais tem a cara de Diniz

Após dois resultados ruins, sem Neymar e Casemiro, o técnico Fernando Diniz fez a sua lista de convocação mais autoral para enfrentar a Argentina e Colômbia. Há grandes (jovens) novidades no ataque, jogadores com capacidade de se adaptar a mais de uma posição e ao dinamismo do estilo do treinador.

Sua terceira relação tem nove atletas remanescentes da Copa-2022 de um total de 24 no grupo. Isso representa 37,5% do elenco do time brasileiro.

A primeira convocação tinha mais metade dos jogadores que estiveram na Copa do Qatar-2022. Eram 12 atletas de um total de 23. Ou seja, o grupo tinha 52% de jogadores que estiveram no Mundial. Essa proporção se repetiu na segunda lista de Diniz.

Para a próxima Data Fifa, Diniz não contava com Neymar e Casemiro, pilares do time da Copa. Mas, por opção, decidiu abrir mão de nomes como Richarlison. Ao falar do jogador, Diniz disse que ele é excelente jogador, mas não vinha entregando tudo que podia.

"Mais do que o sistema, procuro ser justo e olhar tudo que acontece. Esses que eu convoquei terão mais condição para o momento", disse.

Entre os convocados, estão atletas como João Pedro, que foi lançado pelo próprio Diniz no Fluminense ainda com 17 anos. O treinador justificou:

"Era uma aposta que sairia para o mercado europeu e ocuparia o espaço. É um jogador que tenho certa aproximação. Saiu de time menor para time maior (na Premier League), e está respondendo bem a novos enfrentamentos".

João Pedro consegue jogar em várias posições do ataque, assim como Pepê, do Porto, que atua como ala. O garoto Endrick também não é um centroavante clássico, atuando às vezes como ponta. Uma terceira novidade no ataque é Paulinho, do Galo.

"Eu gosto muito dele desde o início da carreira no Vasco. Jogou na Alemanha, agora Atlético-MG. Vive momento especial, despontando na artilharia do Brasileirão e acredito que se encaixa na minha forma de ver futebol. Joga nos dois lados, atrás do 9 e também como 9 de mobilidade", contou Diniz.

Continua após a publicidade

Diniz convocou menos jogadores de meio-campo. Isso porque entende que outros atletas podem fazer a função no setor mesmo aqueles com perfil mais de atacante. É o caso de Rodrygo, que deve ocupar o lugar de Neymar no time titular.

Por todas as indicações dadas pelo treinador, a seleção vai manter o esquema das quatro primeiras partidas das eliminatórias. Seu entendimento é de que, com mais jogos, os atletas vão cada vez mais se adaptando a seu estilo. Certamente uma lista com atletas mais flexíveis na forma de atuar acelera esse processo.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Deixe seu comentário

Só para assinantes