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Rachada, CBF prepara explicação a carta da Fifa sobre intervenção judicial
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A Fifa enviou uma carta para a CBF questionando a intervenção da Justiça na eleição da entidade. Trata-se de uma prática padrão da entidade quando há interferências políticas ou judicias em entidades esportivas, e pode levar a sanções. A confederação prepara uma resposta enquanto vive uma briga judicial pelo poder.
A informação sobre a carta enviada pela federação internacional foi publicada primeiro pelo "Globo Esporte" e confirmada pelo blog.
Nos termos da carta, a Fifa lembra a CBF que todas as entidades devem gerir seus negócios de forma independente e sem interferência de terceiros. Em seguida, pede explicações sobre a ação do STJ.
A ação do Ministério Público Estadual para anular as eleições na CBF é de 2017 e alega que não foi respeitada a lei ao excluir os clubes da definição das regras do pleito. Só chegou a ações concretas em 2021 quando foi decretada uma intervenção, o que foi confirmado agora em fevereiro.
Depois disso, a CBF e o MP fizeram um acordo pelo qual a entidade aceita realizar uma nova assembleia para definir as regras eleitorais e, em seguida, um outro pleito para definir seu presidente. Ainda há uma disputa para saber quem será o presidente interventor na CBF. O diretor de patrimônio da confederação, Dino Gentile, ligado ao ex-presidente banido Marco Polo Del Nero, entrou com ação no STJ para assumir a entidade e conseguiu uma decisão favorável pois é o mais idoso, como designado pela decisão do tribunal. Atualmente, está no poder o interino Ednaldo Rodrigues.
Pelo estatuto da Fifa, as associações são obrigadas a inserir em seus estatutos regulamentos em que proíbam disputas serem resolvidas em cortes comuns. Teoricamente, como sanção, a Fifa poderia intervir ou até suspender a CBF se contatasse uma violação. Mas é quase impossível que isso ocorra, ainda mais em um ano de Copa do Mundo em que a seleção brasileira é uma das principais atrações.
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