Como será o trabalho de empresa de consultoria e auditoria no Corinthians
Na última quinta-feira (4), o Corinthians anunciou que contratou a EY (Ernst & Young) para auxiliar a nova diretoria a dar o prometido choque de gestão no clube. A coluna ouviu Rozallah Santoro, novo diretor financeiro alvinegro, para detalhar o trabalho da empresa especializada em auditorias e consultorias. O dirigente explicou que a atuação será dividida em duas frentes: consultoria e diligência.
Na consultoria serão definidos planos de ação e metas a serem atingidas até o terceiro e último ano de gestão do presidente Augusto Melo. Por sua vez, a diligência mostrará a fotografia atualizada da situação do clube após análise de documentos, incluindo contratos.
"O choque de gestão envolve planejamento e execução de alguns blocos de atividade. Por exemplo, imagine tudo que tem a ver com governança do clube, com futebol profissional e de base, com marketing e outras receitas institucionais, com infraestrutura, leia-se arena e CT, com torcida e [área] social, obviamente tudo tem a ver com financeiro. Então a gente vai ter uma meta para cada um desses blocos e ter um plano o de ação para cada um, o que a gente vai querer entregar em três anos", explicou Rozallah.
A EY deverá examinar as metodologias aplicadas no clube atualmente e comparar com os melhores processos usados no mercado para sugerir eventuais mudanças.
"O processo de diligência é feito sempre que você compra uma empresa. Você vai olhar todos os contratos, as obrigações... Então, você tira um raio-X de como está a empresa antes de comprar. Entre aspas, a gente já "comprou" a empresa e agora a gente está fazendo esse processo de diligência para entender como estava a empresa", detalhou Rozallah.
"É como se chegasse uma galera na numa mesa de bar que já tivesse gente lá. Você pede para passar a régua para ver o que já foi consumido e começar uma nova conta", completou o dirigente.
Assim, o objetivo principal da diligência não é buscar eventuais contratos prejudiciais ao clube assinados por ex-gestores para responsabilizá-los. Mas, eventualmente, casos assim podem aparecer na nova "fotografia".
"Não é caça às bruxas. É um importante instrumento para planejar as ações e conhecer de fato o clube. Lutaremos pela pacificação política do clube, pois acima de qualquer divergência está o Corinthians. Se alguém agiu de má-fé, vai responder pelos seus atos. A pacificação não significa passar pano para quem manchou a história e prejudicou a credibilidade da nossa marca", disse Augusto no dia em que tomou posse.
KPMG e Falconi
Após a chegada da EY, a diretoria avalia se continuará contando com os trabalhos da KPMG, que atua principalmente na reestruturação da dívida corintiana, e da Falconi Consultoria. As duas empresas foram contratadas na gestão de Duilio Monteiro Alves.
A situação mais afetada é a da Falconi, que tem contrato até março. Parte de sua área de atuação no clube está no campo de ação a EY. O acordo com a KPMG não tem prazo de encerramento estipulado. Por enquanto, as duas empresas continuam trabalhando normalmente.
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