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Disputa por presidência do Conselho mantém clima eleitoral no Corinthians

Passada a eleição presidencial no Corinthians, a efervescência política no Parque São Jorge continua. O clima eleitoral é mantido com a disputa pela presidência do Conselho Deliberativo (CD).

A reunião em que os conselheiros escolherão o ocupante do cargo ainda não foi marcada, mas deve acontecer no começo de 2024.

O momento é de muita costura nos bastidores e de cobranças de promessas feitas durante a eleição presidencial. Romeu Tuma Júnior, Jorge Kalil e Ivaney Cayres de Souza são os nomes mais fortes hoje. Tuma Jr. confirmou à coluna sua candidatura. Kalil disse que ainda não se decidiu. Ivaney não respondeu à mensagem enviada por este colunista.

No mesmo pleito em que o opositor Augusto Melo derrotou André Luiz Oliveira, o André Negão, na disputa presidencial, 200 novos conselheiros trienais foram eleitos, sendo metade para cada lado (oposição e situação). Eles se juntarão aos membros vitalícios. O estatuto prevê 100 postos vitalícios, mas nem todos os ocupantes estão ativos.

O desenho de equilíbrio no órgão dá ainda mais peso para o cargo de presidente. Em tese, ele precisará de pulso firme para controlar reuniões acirradas.

Ocupar a presidência do CD exige neutralidade. Mas, historicamente, oposição e situação brigam para colocar na cadeira alguém de seu grupo.

Entre as atribuições do presidente do Conselho, está a nomeação da comissão eleitoral, o que sempre gera batalhas nos bastidores corintianos. Também cabe ao eleito escolher integrantes de comissões temporárias formadas para analisar temas específicos.

Os núcleos duros das bases de apoio de Augusto e André ainda não se posicionaram oficialmente sobre quem apoiarão na disputa.

Tuma Jr. apoiou Augusto durante a campanha, após deixar a comissão eleitoral por divergências internas.

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"Vou trabalhar por um Conselho Deliberativo independente, harmônico e protagonista. Os conselheiros terão importância individualmente, serão respeitados", afirmou Tuma Jr.

Por sua vez, Kalil disse: "Tenho sido incentivado a concorrer à presidência do Conselho, mas preciso me sentir motivado. Hoje, não digo que sim ou que não".

Ele demonstrou preocupação com o nível que a disputa pode ter. "Jamais entrarei em debate ou agressões pessoais. Não podemos repetir as agressões gratuitas e fétidas que ocorreram na eleição presidencial", declarou

Ele também prega que os postulantes à vaga não tenham lado. "Se eu for candidato, não serei candidato de oposição, nem de situação. Se eu for candidato, serei candidato do Conselho do Corinthians. O Corinthians não pode nem deve ter presidente do CD já estigmatizado por ser de um grupo ou de outro", declarou Kalil.

Ele foi vice-presidente do clube na gestão de Roberto de Andrade e diretor-adjunto de futebol na última administração de Andrés Sanchez. Os dois ex-presidente integrarão a oposição nos próximos três anos.

Por sua vez, Ivaney presidiu a Comissão Eleitoral na recente eleição presidencial e para membros do CD. Sua vitória na disputa interna para ser presidente do colegiado gerou preocupação na oposição por ele ter sua imagem colada ao grupo que formava a situação e é liderado por Andrés. No entanto, Cayres ganhou espaço com ao menos parte dos colaboradores mais próximos de Augusto que aprovaram seu trabalho na comissão. Trata-se de um componente a mais na disputa pela presidência do CD. Atualmente, o cargo é ocupado por Alexandre Husni.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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