Perrone: cinco motivos que justificam a vergonha de Fabián Bustos

Depois da derrota por 4 a 0 para o Corinthians, nesta quarta (22), em entrevista coletiva, Fabián Bustos se mostrou envergonhado. Na opinião deste colunista, o treinador teve, realmente, motivos para se envergonhar. A seguir, veja cinco deles.

1 - Repetição de erros

Diante do Corinthians o Santos repetiu falhas que têm sido frequentes. Bustos não consegue corrigi-las. Por isso, admitir que está envergonhado não basta. O argentino precisa resolver os antigos problemas.

2 - Desorganização

Apresentar um time tão desorganizado é mesmo para deixar o técnico com vergonha.

Sem compactação, os santistas ofereceram espaços para os adversários, principalmente pelos lados.

Com liberdade nessa faixa do campo, o time de Vítor Pereira fez 24 cruzamentos durante a partida, de acordo com o site Footstats. O Santos cruzou 11 bolas. Só uma com precisão.

As avenidas deixadas nas laterais estão entre os erros corriqueiros da equipe da Vila Belmiro.

3 - Armação

Mais uma vez, faltou poder de criação aos santistas no meio-campo. Tanto que o zagueiro Eduardo Bauermann foi o maior passador de bolas do time empatado com o volante Sandry. Cada um fez 36 passes. Porém, o beque acertou todos, enquanto seu colega falhou em três oportunidades.

4 - Demora nas substituições

Bustos tem motivo para estar envergonhado com sua lentidão para mexer no Santos durante o clássico.

A equipe do litoral foi para o vestiário perdendo por 3 a 0. Mesmo assim, voltou para o segundo tempo sem alterações.

Porém, aos 8 minutos, Bustos fez duas trocas. Teria sido mais útil para o time voltar do vestiário modificado.

5 - Jhojan Julio

É difícil para Bustos convencer o torcedor de que ele acertou ao manter Julio como titular. Contra o Corinthians, o equatoriano fez mais uma partida fraca e foi substituído no início do segundo tempo.

O meia-atacante não finalizou e executou apenas um desarme no clássico. Ele foi o santista que mais vezes perdeu a posse de bola: 8. Julio fez apenas 14 passes durante o jogo. Errou três.

No Brasileirão, as médias de Jhojan são de 0,18 finalização certa por jogo, quatro perdas de posse de bola por apresentação (é o pior da equipe empatado com Rwan) e dois desarmes por partida (fica atrás apenas de Rodrigo Fernández).