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Impugnação de chapa que divulgou dados de reuniões é negada no Corinthians

06/11/2020 09h06

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A comissão eleitoral do Corinthians, presidida por Romeu Tuma Júnior, julgou improcedentes quatro pedidos de impugnação da candidatura ao Conselho Deliberativo do clube da chapa de oposição Frente Liberdade Corinthiana. Porém, o caso pode ter desdobramentos na comissão de ética do conselho.

As solicitações foram baseadas no fato de o grupo ter divulgado na internet como conselheiros alvinegros votaram em sessões sobre as contas do clube nos últimos anos.

Após a divulgação, conselheiros pediram a suspensão da reunião em que seriam votadas as contas de 2019 alegando falta de segurança por causa da divulgação de seus votos anteriores. Temiam atos hostis de torcidas organizadas na entrada e na saída do encontro, que seria na Neo Química Arena.

A reunião foi suspensa e ainda não tem data para acontecer. Eventual reprovação das contas dará brecha para pedido de impeachment de Andrés Sanchez. Porém, falta tempo para o possível afastamento, já que novo presidente será eleito no final deste mês.

A decisão da comissão eleitoral de não impugnar a chapa oposicionista é justificada, entre outros argumentos, pelo fato de o caso não estar ligado diretamente à eleição do próximo dia 28.

"Quanto aos pedidos de impugnação foram julgados improcedentes. Por terem fundamentado em artigo cujo pretensão punitiva estava preclusa e também e principalmente porque os fatos não diziam respeito às eleições. Entretanto, em vista das consequências da conduta dos conselheiros representados, a Comissão remeteu o procedimento para o Presidente do Conselho (Antonio Goulart dos Reis) com proposta de envio para a comissão de ética pela competência sobre a matéria envolvida nos demais pedidos feitos pelos sócios que representaram", diz nota da comissão eleitoral enviada ao blog.

Diferentes grupos pediam a impugnação. Aliados de Andrés Sanchez estão entre os que mais cobravam a retirada da chapa do pleito para escolher novos conselheiros. A votação será no próximo dia 28, quando também será eleito o novo presidente.

A chapa Liberdade Corinthiana alega que não cometeu irregularidades. Sustenta que o presidente do Conselho havia autorizado a publicação no site do clube das atas de reuniões divulgadas pelo grupo. A chapa diz ter agido em favor da transparência.