Mauro Cezar Pereira

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Cultura paternalista no Flamengo vai dos cartolas até parte da torcida

Gabriel Barbosa está suspenso. Pelos relatos dos integrantes da comissão antidopagem, o jogador errou clamorosamente. Mas dois anos de suspensão, mesmo com quase um já cumprido, são demais. Um rigor exagerado após exame que deu negativo.

Uma punição ao atleta por seu comportamento relatado pela comissão não seria absurdo. Mas tamanho afastamento é. Alguém dirá que essas são as regras. Outro poderá retrucar alegando serem exageradas, afinal, não foi constatado doping.

Gabriel teria dificultado a coleta de material, mas acabou fazendo-a. Um "castigo" menor, de viés educativo, seria o bastante. Contudo, o movimento que cresce entre torcedores rubro-negros trata Gabriel como vítima. E isso também é exagerado.

Exceto se comprovarem que os relatos da comissão antidopagem não traduzem a realidade, o jogador errou. Tola e desnecessariamente.

Mas parte da torcida tem reação de viés paternalista que se assemelha à maneira como os dirigentes do Flamengo tratam os jogadores. Contraditório.

Como pode o torcedor que pede um departamento de futebol "mais profissional" ignorar as atitude atribuídas ao ídolo? Impossível entender.

O legado desse imbróglio poderá ser o de atletas com postura controversa ainda mais empoderados. Isso não é muito profissional, mas bem perigoso.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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