Mauro Cezar Pereira

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'Dorivalizada', seleção não deve utilizar o 'Dinizismo' como referência

As coisas andaram muito mal na seleção brasileira durante o curto período no qual Fernando Diniz a comandou. Três derrotas consecutivas, empate com a Venezuela, time na última posição entre os que hoje estariam classificados para a Copa do Mundo de 2026, futebol muito aquém do aceitável.

Tal cenário fez com que qualquer progresso parecesse estrondoso. A vitória sobre a Inglaterra foi elogiável, mas arrastou uma onda de elogios exagerados. Os 3 a 3 diante da Espanha expuseram defeitos da equipe, em especial na primeira metade da etapa inicial, mas o empate pode mascarar os problemas.

Porque automaticamente muitos lembram o "Dinizismo" e imaginam que se ainda estivesse em vigor na CBF, os jogos na Europa seriam catastróficos. Uma régua que não deveriam ser utilizada, afinal, se algo é péssimo, o ruim pode parecer bom, razoável, aceitável, mas não é. E houve momentos bem abaixo em Madri.

Ao defender, o time brasileiro era uma desordem, com o meio-campo espanhol à vontade e jogadores como Rodri excessivamente livres. A ponto de o capitão da Espanha finalizar da frente da área sem ninguém minimamente próximo, logo depois do primeiro gol brasileiro, marcado graças à displicência do goleiro Unai Simon.

No segundo tempo, com Endrick participativo e empatando a peleja, o Brasil melhorou muito. Das duas finalizações nos primeiros 45 minutos para seis(!) em apenas 12 após o intervalo com o placar em 2 a 2. Sim, a Espanha já reduzira o ritmo há algum tempo, mas o time de Dorival Júnior de fato reagiu, competiu de fato.

Os dois pênaltis absurdos marcados para os donos da casa pelo apitador português ajudaram demais a seleção espanhola, mas não apagam o fato de o time de Luis de la Fuente ter sido superior na maior parte do amistoso. A seleção brasileira não jogou bem e foi prejudicada pelo árbitro, tudo isso é verdade. Não vale a pena lembrar que com Diniz era pior para mascarar os fatos.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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