Nos exageros, 'Dorivalizados' já superaram os 'Dinizistas' após a estreia
A boa atuação da seleção brasileira no 1 a 0 sobre a Inglaterra, em Londres, despertou o "Pachequismo" em níveis impressionantes. Obviamente Dorival Júnior, o comportamento da equipe e o resultado devem ser valorizados, mas o modo ilusão foi acionado no nível máximo. Calma, torcedores. Calma!
É um desafio minimamente racional ante tamanho oba-oba. Claro que vencer a Inglaterra em Wembley é mais relevante do que golear a Bolívia. Mas guardadas as devidas proporções, o encanto coletivo e os exageros nos elogios superam os devaneios registrados após a estreia de Fernando Diniz na seleção, em 2023.
Dorival montou um time com dois jogadores que atuam no Brasil, um deles o goleiro, Bento, e o zagueiro Fabrício Bruno. Os outros sete ficaram no banco. Desses, entraram apenas o autor do gol, Endrick, negociado com o Real Madrid e ainda no Palmeiras só porque não tem 18 anos; e Pablo Maia, que jogou os acréscimos.
O técnico chamou muitas atletas que do futebol brasileiro, mas ao escalar o time, investiu na turma que joga lá fora. Não foi bobo, ora. Mas a empolgação nos elogios impressionam. Em parte reflexo da má passagem de Diniz pela seleção. Foi tão mal o técnico do Fluminense que uma melhora qualquer parece algo maravilhoso. Não foi.
Mas a estreia do "Dinizismo" também arrancou elogios exagerados. Contudo, nada que se compare à reação dos "Dorivalizados". O resultadismo inviabiliza o debate saudável nessas horas. Melhor deixar falando sozinha essa turma emocionada.
Mais adiante teremos um cenário mais claro, seja ele de elogios ou críticas. Mas por enquanto, melhor manter a noção da realidade. Foi um bom jogo do Brasil, mas era apenas um (re)começo. Já a Inglaterra também teve seus problemas (13 desfalques, contando com Walker, que se lesionou no começo da peleja) e segue como a maior seleção fracassada do futebol mundial. Ainda assim proporcionou um teste mais valioso do que partidas contra Peru, Bolívia, Venezuela e Paraguai.
Terça-feira tem Espanha, em Madrid. Os espanhóis perderam para a Colômbia, que curiosamente utilizou tantos jogadores que atuam no Brasil quanto a seleção brasileira: Jhon Arias, do Fluminense, foi titular, James Rodríguez, do São Paulo, Richard Ríos, do Palmeiras, e Borré, do Internacional, entraram no segundo tempo.
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