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Mauro Cezar: no bizarro calendário brasileiro, o óbvio precisa ser sugerido
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Não jogar nas Datas Fifa é uma obviedade. Se as seleções se apropriam dos profissionais contratados, formados, pagos, mantidos pelos clubes de futebol, quando isso acontece os times não deveriam, jamais, ter que adentrar o gramado sem seus principais nomes.
Mas no Brasil não funciona assim. Por que o calendário do futebol no país é bizarro, tudo por causa dos inchados campeonatos estaduais, que se arrastam entre janeiro e abril, às vezes invadindo maio. Um absurdo completo e incompatível com a realidade atual.
Nesta sexta-feira, o Flamengo apresentou um documento à CBF com 25 sugestões para o Regulamento Geral de Competições de 2022. A suspensão de partidas dos certames nacionais sempre que chegar um período de Datas Fifa é a principal delas.
Isso jamais deveria ser sugerido por clube algum, pois evidentemente já deveria ser desse jeito. Até na vizinha Argentina, que recentemente viveu um vácuo de poder na Associação de Futebol, com o caos instalado, os times não jogam quando seleções se reúnem.
Mas no calendário do futebol brasileiro o óbvio é apenas sugerido. E dificilmente tal sugestão será atendida.
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