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Mauro Cezar Pereira

Displicência de jovens jogadores sabota início de Rogério Ceni no Flamengo

Lincoln lamenta incrível gol perdido - Thiago Ribeiro/AGIF
Lincoln lamenta incrível gol perdido Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

15/11/2020 09h25

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"Na pequena área, a bola é uma bomba, tem de tirar para longe. Falamos muito, mas ainda está acontecendo. Estou preocupado".

Palavras de Domènec Torrent após seu penúltimo jogo como técnico do Flamengo, nos 3 a 2 sobre o Athletico pela Copa do Brasil. Uma semana depois, na estreia de Rogério Ceni em seu lugar, ficou claro que o alerta do catalão não foi levado a sério por alguns como deveria

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A falha de Hugo, que tentou driblar Brenner perto da linha do gol, decretou a derrota para o São Paulo na estreia do ex-goleiro como treinador rubro-negro. Um ato de displicência. E, como se sabe, não foi por falta de aviso.

A oportunidade de gol desperdiçada por Lincoln nos minutos finais do empate com o Atlético Goianiense foi algo tão absurdo quanto o erro de Hugo três dias antes. A meta estava vazia e a bola foi passada "com açúcar" por Arrascaeta. O atacante fez um movimento difícil de descrever.

Na quarta-feira, Brenner chutou a bola violentamente para o gol vazio após tirá-la de Hugo. Compare com a maneira como Lincoln, na mesma baliza, não chutou. Ele praticamente deixou o pé na trajetória da pelota para que nele batesse e fosse para as redes. Não foi. Preço da displicência: dois pontos e a liderança do campeonato atrás do Atlético Mineiro apenas no critério de desempate.

Óbvio que esses equívocos não podem ser levados às últimas consequências. São jovens jogadores que podem aprender com eles, evoluir e deixar tais momentos no passado. Mas no presente, não se ignora tais atos. São novos na idade, mas também profissionais bem pagos e com responsabilidades.

Dois erros individuais seríssimos que comprometeram os dois primeiros jogos de Rogério Ceni no comando técnico do Flamengo. Se contra o São Paulo o time jogou bem e deu esperanças ao torcedor, isso não ocorreu diante do Atlético Goianiense. Uma boa e uma má atuação em meio a lesões, convocações e jogadores ainda sem a melhor forma.

"É lógico que eu quero a vitória. O torcedor tem expectativa de vitória e títulos. Mas, talvez, antes de melhorar, nós vamos sofrer um pouco", alertou o treinador depois do empate no sábado. Sofrimento possivelmente inevitável, como os resultados frustrantes não eram, ambos consequências de erros displicentes de jovens atletas, falhas que sabotaram as duas primeiras partidas do novo técnico do Flamengo.

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