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Marcel Rizzo

Sem palmeirense ou santista? Fifa só deve liberar torcida local no Mundial

Estádio Cidade da Educação, em Doha, será sede da final do Mundial-2020 - Reprodução/Confederação Asiática de Futebol (AFC)
Estádio Cidade da Educação, em Doha, será sede da final do Mundial-2020 Imagem: Reprodução/Confederação Asiática de Futebol (AFC)

Colunista do UOL

30/12/2020 11h00

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A Fifa ainda estuda se abrirá para o público acompanhar in loco os jogos do Mundial de Clubes-2020, que será disputado de 1º a 11 de fevereiro de 2021 no Qatar — torneio foi adiado de dezembro por causa da pandemia.

Mas se você torce para Palmeiras ou Santos, clubes brasileiros que podem estar lá, não se anime: a ideia, apurou o blog, é que apenas residentes do Qatar possam estar nas arenas, em número reduzido. Não deve haver venda de ingressos para torcedores de outros países.

A Fifa ainda não se pronunciou sobre entradas e público no Mundial. Na edição de 2019, que teve o Flamengo como vice-campeão, a Fifa abriu a venda online em 23 de outubro, 48 dias antes da abertura da competição.

A decisão entre Liverpool e Flamengo, no Khalifa Internacional, teve mais de 45 mil espectadores, muitos deles brasileiros que viajaram para acompanhar a competição - os ingleses venceram por 1 a 0.

A cúpula da Fifa entende ser inviável neste momento que torcedores viajem grandes distâncias para ver um torneio de futebol pelo risco de contaminação por Covid-19 — o Mundial será o primeiro campeonato organizado pela entidade após o início da pandemia. Mas a presença de público local, com limitação de assentos vendidos, é estudado. Há também a vontade do governo qatariano de não deixar os estádios completamente vazios e testes de protocolos já foram feitos.

A final da Copa do Amir, em 18 de dezembro, teve na inauguração do Ahmad Bin Ali Stadium cerca de 20 mil torcedores presentes, 50% da capacidade.

Na final da Liga dos Campeões da Ásia, dia 19, foi liberada 30% da capacidade, pouco mais de 10 mil torcedores no Al-Janoub Stadium, que não receberá jogos do Mundial de Clubes mas estará na Copa do Mundo de 2022.

Vários protocolos foram seguidos, como venda somente local de ingressos (como imagina a Fifa para o Mundial), exigência de testes negativos PCR para Covid-19, venda de apenas um bilhete por pessoa, uso de máscaras e distanciamento de ao menos 2 metros entre cada assento ocupado.

A Fifa avalia ser complicado vender ingressos fora do Qatar porque o acesso ao país está limitado e com regras sanitárias rígidas. Turistas precisam entrar com exame PCR negativo feito no máximo 96 horas antes do embarque, mas também cumprir uma quarentena de sete dias para realizar novo exame que comprove a não contaminação por Covid-19. Só aí essa pessoa recebe passe livre para circular pelo país.

O Ulsan Hyundai (Coreia do Sul) bateu o Persepolis (Irã) por 2 a 1 na final asiática e se garantiu no Mundial junto com Bayern de Munique (Alemanha), Al Ahly (Egito), Auckland City (Nova Zelândia), Tigres (México) e Al Duhail (Qatar, representante do país-sede). Só falta definir o indicado da América do Sul, que sai em 30 de janeiro após a final da Libertadores, no Maracanã.

Palmeiras e Santos enfrentam, respectivamente, os argentinos River Plate e Boca Juniors nas semifinais da Libertadores, entre 5 e 13 janeiro.