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Marcel Rizzo

Incomodado, Palmeiras não quer juiz argentino ou uruguaio contra o Libertad

Palmeiras empatou com o Libertad na primeira partida das quartas da Libertadores - Nathalia Aguilar - Pool/Getty Images
Palmeiras empatou com o Libertad na primeira partida das quartas da Libertadores Imagem: Nathalia Aguilar - Pool/Getty Images

Colunista do UOL

09/12/2020 11h02

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Direção, comissão técnica e atletas do Palmeiras ficaram insatisfeitos com a arbitragem do argentino Fernando Rapallini no empate por 1 a 1 contra o Libertad, na noite de terça-feira (8) pelas quartas de final da Libertadores. O blog apurou que o clube gostaria que não fossem escalados profissionais argentinos ou uruguaios para o confronto da semana que vem, no Allianz Parque — esse desejo não deve ser formalizado, mas há possibilidade de conversas nos bastidores.

Os últimos cinco jogos do Palmeiras na competição tiveram arbitragem comandada por argentino ou uruguaio — o vencedor de Palmeiras x Libertad enfrentará nas semifinais, no início de janeiro, quem passar do confronto entre River Plate (ARG) e Nacional (URU), por isso a preferência para que um juiz de outra nacionalidade comande a decisão de terça (15) no Allianz.

A sequência de argentinos e uruguaios como árbitro de seus jogos teve para o Palmeiras, num primeiro momento, uma questão logística: ao retomar a Libertadores em setembro (parou em março por causa da pandemia) a Conmebol setorizou e isolou árbitros para diminuir risco de contaminação.

Foi definido que juízes de países limítrofes ao local dos jogos seriam escalados e ficariam o período todo da primeira fase isolados para onde fossem designados. Para o Brasil foram enviados três árbitros argentinos, Rapallini incluído, e dois uruguaios.

Portanto nos dois jogos como mandante que fez ainda na primeira fase, contra Bolívar (BOL) e Tigre (ARG), não havia outra opção para a Conmebol escalar que não argentino ou uruguaio. Os uruguaios Leodán Gonzalez e Esteban Ostojich comandaram esses confrontos respectivamente.

Contra o Guaraní em Assunção foi escalado o argentino Nestor Pitana — no Paraguai estavam setorizados profissionais da Argentina, do Uruguai e do Brasil. A exceção foi ao viajar a La Paz para encarar o Bolívar quando Piero Maza, do Chile, foi escolhido — só havia chilenos concentrados na Bolívia.

A partir das oitavas de final a Conmebol acabou com a obrigatoriedade de escalar árbitros de países limítrofes ao local do jogo, mesmo que informalmente ainda priorize isso para evitar longos deslocamentos.

Contra o Delfín no jogo de ida das oitavas de final em Manta, no Equador, o Palmeiras viu ser escalado o uruguaio Leodán Gonzalez — o Uruguai está longe de fazer divisa com a Bolívia. Na partida de volta contra os equatorianos, em São Paulo, o escolhido foi o argentino Dario Herrera.

A Conmebol, que tem sua comissão de arbitragem comandada pelo brasileiro Wilson Luiz Seneme, vai divulgar até o fim dessa semana a escala dos árbitros para os jogos de volta das quartas. É possível que a vontade informal do Palmeiras seja atendida e um chileno ou colombiano seja o escolhido.

O Palmeiras reclamou de três lances especificamente no empate contra o Libertad: um pênalti não marcado em Rony no início da partida, jogada que Rapallini chegou a ir ao monitor que fica na beirada do campo para conferir; a não expulsão de Cáceres ao acertar a mão na cabeça de Raphael Veiga e da expulsão de Lucas Lima no finalzinho do confronto.