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Marcel Rizzo

Cinco árbitros desfalcarão o Brasileiro por exclusividade na Libertadores

Anderson Daronco, escalado para apitar jogos da Libertadores na Argentina - GettyImages
Anderson Daronco, escalado para apitar jogos da Libertadores na Argentina Imagem: GettyImages

Colunista do UOL

28/08/2020 13h20

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Anderson Daronco e outros quatro árbitros e seis auxiliares brasileiros desfalcarão os torneios nacionais porque ficarão concentrados em outros países exclusivamente para trabalhar em jogos da Libertadores.

A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) decidiu isolar a arbitragem para finalizar a fase de grupos de sua principal competição em combate à pandemia do coronavírus. Para evitar grandes deslocamentos, definiu que os jogos serão comandados por árbitros de países que fazem fronteira com aquele onde o confronto é realizado. Mas não só isso.

Os profissionais escalados ficarão hospedados nos países para os quais foram escalados a apitar jogos durante todo o período da fase de grupos em que for necessário seu serviço, que pode durar até mais de um mês: 15 de setembro a 23 de outubro. Esse tempo pode ser menor, a depender da escala da comissão de arbitragem. Dependendo da restrição de quarentena e acesso a fronteira do país é até possível que um profissional volte a sua casa entre as escalas, mas essa não é a recomendação inicial da direção da Conmebol.

O gaúcho Anderson Daronco, um dos principais árbitros do Brasil, por exemplo, ficará na Argentina onde poderá trabalhar em nove jogos. Ele terá a companhia de outro brasileiro, o carioca Bruno Arleu, e dois auxiliares, o goiano Fabrício Vilarinho e o gaúcho Rafael Alves. É provável que Daronco e Arleu revezem e cada um fique um período no país vizinho, mas isso ainda não está definido.

Apesar de a Conmebol ter liberado em documento que árbitros do país de um dos times que se enfrentam possam ser escalados, isso não deve ser necessário. Daronco nem Arleu serão escalados para River Plate x São Paulo, dia 20 de outubro, já que haverá também um trio chileno na Argentina.

O árbitro paranaense Rodolpho Tosky, acompanhado dos auxiliares Bruno Boschilia (PR) e Kleber Lucio Gil (SC), ficará no Paraguai, onde poderá trabalhar em quatro partidas, entre 17 de setembro e 22 de outubro. Já os árbitros Flávio Souza (SP) e Bráulio Machado (SC), com os auxiliares Marcelo Van Gasse (SP) e Bruno Pires (GO), estarão na Venezuela.

Arleu e Bráulio Machado estão escalados para jogos do Brasileiro no sábado (29), respectivamente Bahia x Palmeiras e Fluminense x Botafogo. Depois disso não devem aparecer mais nas escalas até retornaram do isolamento para trabalhar em partidas da Libertadores.

A Conmebol definiu que os árbitros terão que seguir as regras sanitárias dos países para onde irão. No caso da Argentina é preciso ficar duas semanas isolado assim que entrar no país, antes de poder sair do hotel e trabalhar. Todos também terão que ser testados para a Covid-19 antes da viagem.

Os jogos que serão realizados no Brasil, 14 no total, serão comandados por profissionais da Argentina e do Uruguai. Serão três árbitros argentinos (Fernando Rapallini, Patricio Loustau e Facundo Tello) e dois uruguaios (Leodán Gonzalez e Estebán Ostojich). Os argentinos terão que revezar para não estarem em partidas de times de seus países, como River Plate (ARG), Tigre (ARG) e Defensa Y Justicia (ARG).