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Marcel Rizzo

Palmeiras: multa milionária no Equador complica interesse por espanhol

Miguel Ángel Ramírez, técnico do Del Valle que é o desejo do Palmeiras - Reprodução/Twitter Independiente del Valle
Miguel Ángel Ramírez, técnico do Del Valle que é o desejo do Palmeiras Imagem: Reprodução/Twitter Independiente del Valle

Colunista do UOL

16/10/2020 10h03

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A multa rescisória do espanhol Miguel Ángel Ramírez no Independiente Del Valle (EQU) é de cerca de US$ 1 milhão (R$ 5,6 milhões), valor que pode dificultar o interesse do Palmeiras pelo técnico de 35 anos.

Como mostrou o jornalista Danilo Lavieri em seu blog, Ramírez está no topo de uma grande lista de opções do presidente Maurício Galiotte depois da demissão de Vanderlei Luxemburgo, na noite de quarta-feira (14). Há, porém, dificuldades que começam pela rescisão, que o Del Valle não abriria mão.

Em dezembro de 2019, quando o Santos flertou com Ramírez, a diretoria do clube equatoriano afirmou que esperava que o técnico cumprisse seu contrato até dezembro de 2021 e, caso contrário, que a multa fosse paga. Essa quantia também afastou o Flamengo de Ramírez após a saída de Jorge Jesus, cartolas do clube carioca acabaram viajando para entrevistar candidatos na Europa e fecharam com outro espanhol, Domenec Torrent.

Ramírez tem também uma peculiaridade que é não ter agente. Isso sempre dificulta qualquer transação porque aparecem diversos intermediários querendo fazer o negócio, o que atrapalha em meio a gordas comissões.

O espanhol, entretanto, tem um "guru", o ex-jogador e hoje dirigente do Real Sociedad Roberto Olabe. Ele é considerado o padrinho de Ramírez e o levou, por exemplo, ao Qatar, quando o treinador trabalhou na Aspire Academy, projeto do governo local para revelar talentos à seleção. Ele já contou que se aconselha com Olabe para tomar decisões do rumo da carreira e o cartola quer que o pupilo siga o trabalho na Europa.

A lista de Galiotte e do diretor Anderson Barros, porém, é grande. Entre estrangeiros tem, por exemplo, Sebastian Beccacece, eterno auxiliar de Jorge Sampaoli que hoje treina o Racing. Já o ex-lateral Chiqui Arce não pretende sair do Cerro Porteño.

Entre os brasileiros, Rogério Ceni, do Fortaleza, e Guto Ferreira, no Ceará, são nomes que agradam. Ceni, entretanto, dificilmente deixaria o Fortaleza em meio à temporada e há outro problema: sua identificação com o São Paulo, clube rival do Palmeiras e do qual é o maior ídolo da história.