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Marcel Rizzo

Fifa muda regra das Eliminatórias para evitar WO em caso de surto de covid

Tite, treinador da Seleção Brasileira durante convocação para Eliminatórias - CBF TV
Tite, treinador da Seleção Brasileira durante convocação para Eliminatórias Imagem: CBF TV

Colunista do UOL

01/10/2020 20h39

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Se no protocolo criado para partidas internacionais de seleções a Fifa ignorou o que fazer em caso de surtos de Covid-19, no regulamento das Eliminatórias para a Copa-2022 a entidade fez alterações no texto e praticamente deixou em zero a possibilidade de um WO (derrota por 3 a 0) caso um time não possa jogar por problemas relacionados à pandemia.

A Fifa colocou em 14 o número mínimo de jogadores que poderão ser relacionados para uma partida (de um máximo de 23), com até um goleiro (normalmente se exige três), mas abriu brecha para analisar casos específicos, ou seja, um time poderá entrar em campo até com menos atletas — as regras do futebol exigem pelo menos sete em campo.

Há ao menos quatro situações em que a Fifa abre possibilidade para adiar uma partida que, na sua visão, poderia ser considerada de "força maior":

1) As autoridades do país anfitrião colocam antes da partida uma série de restrições que impedem a realização do confronto;

É o que ocorreu em Guayaquil (EQU) , antes de Barcelona x Flamengo pela Libertadores, quando o governo local interditou o estádio após surto de Covid no time brasileiro, decisão revertida depois pelo governo federal.

2) Por fechamento de fronteiras, o time visitante não consegue entrar no país onde jogará;

3) Por fechamento de fronteiras, o time visitante não consegue sair do país onde jogou e poderá perder o confronto seguinte;

4) Não há árbitros suficientes para trabalhar na partida.

A Fifa orientou as seleções a, se possível, convocarem mais de 23 atletas para terem reposição em caso de contaminação. Jogadores positivos não poderão atuar, a não ser que já tenha se contaminado há mais de dez dias — e, nesse caso, terão que ter a participação aprovada após exame médico.

No caso das Eliminatórias Sul-Americanas, que começam em outubro, adiar qualquer partida será problemático, já que houve dois cancelamentos de rodadas, em março e setembro, e o calendário está no limite.

O Brasil receberá a Bolívia dia 9, em São Paulo e sem torcedores, e no dia 13 visitará o Peru. A Conmebol não quis mudar o formato do regulamento, que terá 18 rodadas, os dez times se enfrentando em turno e returno e os quatro primeiros se classificando para o Qatar-2022 — o quinto jogará uma repescagem contra rival de outra confederação a ser definido ainda.