América faz o gol mais asqueroso do ano e ganha do Santos

Se ontem no Morumbi o goleiro Axel, do Águia Marabá, fez a defesa mais espetacular da temporada brasileira, hoje, no Horto, o atacante Renato Marques fez o gol mais nojento do ano, ao se aproveitar de lesão do goleiro João Paulo, aos 15 minutos.
Curiosamente daí para frente, o América, que jogava melhor, caiu de rendimento, como se jogasse envergonhado.
E o Santos, tomado pela ira dos injustiçados, melhorou até empatar com William, o do calote, aos 29.
No intervalo, o veterano capitão e ídolo americano Juninho pediu desculpas pela atitude do companheiro.
Havia como reparar o ato, até por compreensível reflexo de Renato Marques, e fazer o América entrar para a história da ética esportiva: voltar para o segundo tempo e imediatamente fazer gol contra como maneira de devolver o tento desonroso.
Qual o quê!
Na volta do intervalo, João Paulo voltou de bengala e com o tornozelo imobilizado, sob suspeita de lesão no tendão de Aquiles, para torcer pelo seu reserva Brazão que o havia substituído.
Não deixou de ser curioso ver Juninho e William conversando no meio de campo antes do reinício da partida.
O América deu a saída e foi para o jogo, sem nenhuma intenção de entrar para a história pelo lado bom dela.
Surpresa zero.
Algum time brasileiro faria diferente?
Aos 7 minutos os deuses dos estádios resolveram punir os americanos que atingiram a trave santista e viram a bola correr sobre a linha fatal, lance complementado pelo jovem Frazão em boa defesa no rebote.
Mas, aos 21, foi Juninho quem fez 2 a 1 ao receber de Benítez, sem dó nem piedade. Teria ele pensado em finalizar para fora de propósito? Ora, ora, ora.
No sétimo jogo, o Santos perdia pela segunda vez, com cinco vitórias, mantinha a liderança da Série B por ter uma vitória a mais que o invicto América, mas poderá ser ultrapassado pelo também invicto Goiás na rodada. Os goianos jogarão contra o Avaí, em Florianópolis, na segunda feira.
Fábio Carille pôs Patrick e Serginho, aos 29, nos lugares de Patati e Otero em busca do empate, porque o Santos simplesmente inexistia no ataque.
JP Chermont e Rincón também saíram para Nonato e Hayner jogarem, aos 39.
Que vencer o América em BH seria dificílimo já se sabia.
O que ninguém esperava era o gol anti-fair play marcado pelos vencedores.
Como diria o mineiro de Montes Claros, o gênio da raça Darcy Ribeiro, daquelas vitórias que dão vergonha de estar do lado dos vitoriosos.
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