Juca Kfouri

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Atalanta pulveriza invencibilidade do Leverkusen e é campeã

A vítima seria a Atalanta, na decisão da Liga Europa, a Copa Sul-Americana do Velho Continente.

O Bayer Leverkusen vinha de 51 jogos de invencibilidade, nenhuma derrota na temporada 2023/2024, o que, convenhamos, fora do futebol árabe, é de fato espantoso.

Na final desta noite em Dublin, na Irlanda, Xabi Alonso mostrou o que é ser flexível e realista, apesar de sem resultado.

Diante de marcação implacável na saída de bola por parte dos italianos, ele, que gosta de posse de bola, pôs o time a fazer ligações diretas, porque o começo do jogo foi todo da Atalanta, a ponto de sair na frente logo aos 12 minutos, gol do nigeriano Ademola Lookman.

Começar atrás não era novidade alguma para os alemães.

Terminar atrás sim, desde 27 de maio do ano passado, quase um ano.

Seja como for, havia uma novidade, de fato: o Leverkusen estava nervoso, por mais que soubesse ser superior ao Atalanta, embora o retrospecto fosse desfavorável em dois únicos jogos entre ambos, com dois triunfos italianos.

A Atalanta, aliás, também estará na Champions, como o Leverkusen.

E Lookman estava com o diabo no corpo: aos 25 minutos, ampliou, em belíssimo gol: 2 a 0.

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Nem isso era novidade para o Leverkuusen, porque em sua trajetória outras vezes perdia por dois gols e conseguiu não perder, ao empatar com a Roma e ao virar sobre o Qarabag, do Azerbaijão, com dois gols nos acréscimos.

Novidade era o número de erros cometidos por seu meio de campo e pela defesa.

Futebol é assim: a Atalanta disputou a decisão da Copa da Itália como favorita contra a Juventus e perdeu.

Hoje enfrentava o time favorito e vencia bem vencido um Leverkusen irreconhecível no embate entre duas escolas tetracampeãs mundiais.

Só a partir do 30° minuto o Leverkusen começou a botar as mangas de fora e incomodar o Atalanta. De leve, porém.

E passou a se expor aos contra-ataques, é claro.

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Alonso teria 15 minutos no intervalo para tentar o que parecia impossível.

E voltou com o nigeriano Boniface no lugar do croata Stanisic.

Só que a Atalanta voltou ainda mais agressiva, muito mais para tentar liquidar o jogo do que para segurar a vantagem.

O brasileiro Éderson, recém-convocado para a seleção, acertava todas as destruições, mas errava muitos passes pela Atalanta, como fazia no Cruzeiro, Corinthians e, menos, no Fortaleza.

Alonso mexeu mais duas vezes porque, ao contrário do acontecido em 12 dos 51 jogos sem derrotas, segundo o DataESPN, o Leverkusen não dava a impressão de que reagiria, por mais que o cansaço italiano fosse evidente, tamanho o esforço para parar o fenômeno alemão.

E era mesmo noite de Lookman, que fez um golaço, aos 75, depois de pedalar na frente do zagueiro e soltar uma bomba no ângulo: 3 a 0!

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Ninguém dormirá em Bergamo nesta noite/madrugada, tão grande a festa.

Nem em Leverkusen, enorme a tristeza de quem havia esquecido o que é perder. Ainda mais assim, sem contestação.

A frustração da Atalanta na Copa da Itália está compensada pela conquista da Liga Europa.

E a do Leverkusen pode ser amenizada com a vitória no sábado que vem, pela decisão da Copa da Alemanha, contra o Kaiserslautern, 13º colocado na segunda divisão germânica, às 15h, no estádio Olímpico de Berlim, com transmissão do Star+.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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