Juca Kfouri

Juca Kfouri

Siga nas redes
Só para assinantesAssine UOL
Reportagem

Inter vira e pára de empatar

O Brasileirão de 2024 começou como terminou o de 1988, no Beira-Rio, com Inter e Bahia.

Então, o 0 a 0 decretou o Tricolor como campeão brasileiro, primeiro e único verdadeiro clube nordestino campeão brasileiro.

Sob chuva, com alta intensidade e pouca pontaria, os dois times se revezaram na busca do gol, com a primeira defesa acontecendo só aos 22 minutos, em chute de Borré muito bem defendido por Marcos Felipe, e com a resposta baiana, três minutos depois, quando Rochet evitou o tento de Jean Lucas.

Ao Colorado faltavam Ener Valencia, Aránguiz e Alan Patrick, o que não é pouca coisa.

O Bahia lamentava as ausências de Acevedo e Ryan.

Os primeiros 30 minutos até foram agradáveis de se ver. Os 17 últimos do primeiro tempo nem tanto.

O primeiro tempo terminou com o resultado parcial do jogo de 36 anos atrás, o que não seria grave não fosse o fato de o Inter vir de quatro empates, três deles por 0 a 0, razão pela qual a pequena torcida presente ao grande estádio vaiou no intervalo.

Eduardo Coudet voltou com Mercado, Wesley e Bruno Henrique.

Rogério Ceni com Cauly.

Continua após a publicidade

Saíram Bruno Gomes, Thiago Maia e Luca no Inter.

E Oscar, no Bahia.

Em ritmo menos acelerado, o segundo tempo corria com o Inter mais disposto a vencer que o Bahia, mas a dificuldade gaúcha em botar a bola entre as traves seguia irritante. E, combinemos, culpar Coudet por isso só se ele proibir treinamentos de finalizações.

Como o Bahia havia parado de incomodar, Ceni chamou Biel em busca de velocidade e sacou Caio Alexandre, longe de atuar como fazia no Fortaleza.

O Bahia pedia para tomar o gol, embora Marcos Felipe discordasse radicalmente e a torcida colorada, de apenas 22 mil pessoas, apoiava em alto e bom som.

Mas na primeira bola que Biel pegou na área colorada, brilhou a estrela dele e de Ceni: 1 a 0, aos 25 minutos, com passe de Jean Lucas e drible de Biel que deixou Bustos no chão.

Continua após a publicidade

Justo não era e passou a ser dois minutos depois porque Wesley enfiou a bola entre as pernas de Marcos Felipe e empatou, em lance nascido de cobrança de lateral, para desesperar qualquer treinador: 1 a 1.

Aos 35 saíram Éverton Ribeiro e Thaciano para Everaldo e Carlos de Pena jogarem.

Dois minutos depois, o veterano Fernando, de cabeça, virou para o Inter, ao completar cobrança de escanteio por Bruno Henrique, assim que Gustavo Prado entrou no lugar de Mauricio, vaiado.

A etapa final justificava plenamente o placar.

O Inter busca sair de uma fila que vem desde 1979 no Brasileirão.

Completo, o Inter pode ser uma força.

Continua após a publicidade

Nota: o blog desrespeita conscientemente a reforma ortográfica que tirou o acento do verbo parar.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

Deixe seu comentário

Só para assinantes