Juca Kfouri

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O espetacular Gre-Nal inglês em Manchester

O Derby de Manchester, o Gre-Nal britânico, chegava aos 37 minutos quando aconteceu a primeira falta do City, que havia sofrido apenas outras duas do United.

Por si só seria demonstração de reverência, de homenagem ao jogo.

Era mais.

Porque os dois rivais protagonizavam clássico sensacional.

Os azuis esmagavam os vermelhos e o goleiro camaronês Onana defendia bolas sobre bolas.

O placar?

1 a 0 para os visitantes de vermelho, fruto de golaço épico de Rashford, uma bomba de fora da área com direito a resvalar no travessão, aos 8 minutos.

Se não bastasse, aos 44, com Onana enfim vencido, Haaland, na pequena área, jogou de bandido, como se fosse zagueiro, e mandou por cima uma bola que requeria apenas um leve toque para o empate.

Como o City se especializou em virar jogos nesta Premier League, ninguém duvidava de que no segundo tempo a reação viria.

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Ninguém, menos eu.

O segundo tempo começou como foi o primeiro inteiro e com Onana evitando o empate.

Era improvável que o United fizesse outro gol tão fabuloso como o de Rashford, mas não que ampliasse num contra-ataque tamanha a pressão do rival, e por causa, o espaço que deixava em sua defesa.

Aos 55, o assoprador de apito deu mãozinha ao City ao não marcar falta em Rashford de Walker e ainda no 55º minuto Foden empatou de maneira só não tão fantástica como o 1 a 0 porque a bola não raspou o travessão.

Parecia impossível que os visitantes resistissem.

Empatar era pouco para os anfitriões na luta pelo inédito tetracampeonato inglês.

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Aos 59, Doku saiu e Julián Álvarez entrou, em certeira mexida porque o belga não estava bem e o argentino tem sido impecável.

Por falar em belga, o genial De Bruyne ainda não havia apresentado o que sabe e deixava aberta a possibilidade de fazê-lo.

Quando o jogo chegou aos 75 minutos, o City havia chutado 25 vezes contra dois chutes do United e tinha 72% de posse de bola, com 13 escanteios contra outros dois.

O empate, no entanto, seguia implacável.

Até que o 80° minuto chegou.

Foden é fogo!

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O jovem inglês tabelou com Álvarez e bateu cruzado para virar. Como só eu não acreditava, porque a décima virada é um exagero: 2 a 1.

Nem por isso os azuis trataram de garantir o resultado, ao contrário.

Foram em busca do terceiro gol e, aos 91, Haaland limpou parcialmente sua barra, ao se aproveitar de erro em saída de bola e fazer o 3 a 1.

O City segue um ponto atrás do Liverpool e no domingo que vem, 10 de março, às 12h45, na terra dos Beatles, eles se encontrarão, no jogo que se transformou no que era Barcelona x Real Madrid.

Anfield não deixará ninguém andar sozinho. Nem mesmo o City.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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