Juca Kfouri

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São Paulo esmaga o impotente Corinthians

Depois do jogo contra o Coritiba no último domingo, Vanderlei Luxemburgo deixou claro qual seria o expediente para enfrentar o São Paulo e sua gente no Morumbi, com 62 mil torcedores enlouquecidos: ligação direta para disputar a segunda bola.

A primeira parte os corintianos seguiram à risca; a segunda foi um fiasco, porque só os tricolores ganhavam a segunda bola.

A segunda, a terceira, a quarta, todas!

Um verdadeiro vareio que permitiu ao mandante fazer 1 a 0, aos 13 minutos, em golaço de Rato de fora da área, e 2 a 0, aos 31, em linda jogada entre Nestor, Rato e Lucas Moura, autor do tento que garantia a classificação tricolor, 3 a 2 no placar agregado.

O fim do primeiro tempo soou como alívio ao atarantado Corinthians, que finalizou apenas uma vez com perigo, em cabeçada rente à trave de Murilo no único escanteio a seu favor, contra 15 arremates e sete escanteios.

Difícil escolher entre o que mais chamava atenção: se a energia do São Paulo ou a impotência do Corinthians.

O Tricolor foi para o vestiário classificado para a final da 35ª Copa do Brasil, em busca do título inédito.

Para tentar evitar uma catástrofe, o Corinthians voltou com Fagner e Matias Rojas nos lugares de Bruno Méndez e Fausto Vera.

Só que o São Paulo veio para a etapa final com o mesmo apetite, disposto a não deixar o rival jogar e conseguiu plenamente durante os primeiros 15 minutos, com Rato perdendo um gol inacreditável.

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Então, o Corinthians apelou: Bidu, Giuliano e Wesley, nos lugares de Fábio Santos, Ruan Oliveira e Adson.

Dorival Júnior não mexia e não precisava.

Não havia ninguém jogando mal no São Paulo, embora Rafael só assistisse.

E não havia ninguém jogando realmente bem no Corinthians.

Só aos 26 minutos Gabriel Neves foi chamado para o Majestoso, no lugar de Alisson.

Aos 30, enfim, Wesley aprontou um salseiro pela esquerda, a bola acabou com Maycon e o Corinthians criou sua primeira chance no segundo tempo.

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Juan e Michel Araújo nos lugares de Nestor e Rato porque seguro morreu de velho, aos 33.

Perigosamente, o São Paulo recuou e Rojas acertou um tirambaço para uma defesa dificílima de Rafael, aos 37, no ângulo.

Wesley e Rojas mudaram o jogo e Diego Costa entrou aos 43 no lugar de Calleri, que não queria sair, para acabar com a festa.

Cássio ainda fez boa defesa e Giuliano teve a chance do empate — no agregado —, aos 45, mas chutou fora.

Sobrava para o alvinegro lutar pelo título inédito da Copa Sul-americana e se afastar definitivamente da zona do rebaixamento no Brasileirão. Ao menos, no fim, o fiel pôde torcer, depois de tanta impotência e não cabe discutir a classificação tricolor, melhor nos dois jogos, e muitíssimo melhor no terceiro tempo do clássico.

No derradeiro segundo, Rafael operou um milagre, em lance em impedimento do ataque.

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Ao São Paulo cabe disputar o título também inédito da Copa do Brasil, o bicampeonato da Sul-americana e por vaga no G4.

Com os reforços de Lucas Moura e James Rodriguez, além da empolgação da torcida no Morumbi, o São Paulo pode tudo.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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