Arthur Elias assume seleção feminina com Marta e Cristiane como referências
Finalmente, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, decidiu pela demissão de Pia Sundhage e mandou muito bem ao chamar o melhor treinador do futebol feminino brasileiro: o multicampeão Arthur Elias, do Corinthians.
Ele é o treinador do time dominante aqui no Brasil há muito tempo. Ganhou todos os títulos possíveis com o Sport Club Corinthians Paulista, onde ficará até o fim da Libertadores da América. Depois, se dedicará apenas à seleção feminina.
Há muito tempo acho que ele é o treinador ideal para a nossa seleção, porque faz seu time jogar ao estilo da escola futebolística brasileira, com toques rápidos e precisos, ultrapassagens e movimentação. É só assistir ao time das Brabas em campo para ver a diferença.
Arthur Elias foi anunciado nesta sexta-feira (1º), com destaque, assim como o masculino. Logo de cara, ele já anunciou a sua primeira convocação, e fez o que Pia deveria ter feito para a Copa do Mundo de 2023, mas não fez.
O treinador fez justiça ao inserir na sua lista a goleira Luciana (Ferroviária) e a atacante corintiana Gabi Portilho, além de também ter chamado a atacante Cristiane (Santos), junto com Marta (Orlando). As duas primeiras estão bem há muito tempo.
Luciana (Ferroviária) tem 36 anos e é uma excelente goleira, passa segurança e joga numa equipe fantástica, que está novamente na semifinal do Brasileirão feminino — já venceu o São Paulo no primeiro jogo pela vaga decisão por 3 a 1. Gabi Portilho (Corinthians) tem 28 anos e é uma atacante rápida, que parte para cima. Ela é muito inteligente e sabe fazer gols.
Agora, as experientes Marta e Cristiane serão muito importantes nesse novo ciclo olímpico, ajudando no amadurecimento das mais jovens e, quem sabe, ainda estejam bem para os Jogos de Paris, em 2024.
Acredito muito que Arthur Elias irá resgatar o nosso futebol e fará a nossa seleção ter uma evolução tática e técnica.
Pia foi importantíssima para dar mais responsabilidade tática, mas perdemos um pouco da naturalidade do nosso futebol.
Tenho certeza de que esse novo ciclo será mais leve e fácil de entender, pois não teremos mais problema de comunicação entre treinadora e todos — como era com a sueca Pia Sundhage.
Boa sorte, Arthur.
Opinião
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.
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