Corinthians x São Paulo tem reencontro de rivalidade que nasceu em Belém
Giovanni Augusto x PH Ganso pela primeira vez no futebol paulista.
O duelo que ocorre neste domingo na Arena Corinthians, entretanto, já é conhecido dos paraenses. Bem antes de serem meio-campistas importantes do Corinthians, em que Giovanni acaba de chegar, e do São Paulo, no qual Ganso atua pela quinta temporada, eles já corriam atrás da bola - mais pesada, de futsal.
Giovanni, nascido em Belém, admirava o talento do colega no Tuna Luso no início do século. Paulo Henrique, que veio ao mundo em Ananindeua-PA, foi oito vezes seguidas campeão paraense de futsal. A ponto de, ainda adolescente, ser o maior destaque da equipe adulta do Tuna. "Ele era muito craque na quadra", chegou a dizer em entrevista à ESPN.
Entre as quadras e os gramados, o agora camisa 8 do Corinthians já havia tomado sua decisão enquanto servia o Paysandu. Giovanni Augusto, que jogou com PH Ganso no time sub-15 de campo, preferiu o futsal. Era, até os 18 anos, uma das estrelas da equipe alviceleste, mas um fato inusitado ocorreu.
O Papão se preparava para a Copa São Paulo de 2008 e ele, ao acompanhar um dos treinamentos, foi convidado para compor o grupo. Faltavam duas semanas para o início da Copinha. Giovanni topou, viajou, obteve destaque e acabou no Atlético-MG. Nessa mesma altura, PH Ganso havia sido levado por outro Giovanni, o Messias, para testes no Santos. A partir daí, a história dos dois meio-campistas já é mais conhecida.
Ao todo, oito camisas foram vestidas por Giovanni Augusto como profissional até que as últimas duas temporadas o consolidaram como jogador de destaque no cenário nacional. Uma das aquisições mais caras da história do Corinthians, que pagou R$ 15 milhões por 60% de seus direitos ao Atlético, é uma das principais esperanças de Tite para repor as perdas de Renato Augusto e Jadson. É na função deste, aberto pela direita, que jogará no clássico.
A amizade com Ganso, a quem reencontrou em campo em duelos entre São Paulo e Atlético em 2015, permanece graças às raízes paraenses. É comum a troca de mensagens por Whatsapp, por exemplo, ou a presença em partidas beneficentes em Belém.
Mas, juntos em um clássico em São Paulo, será a primeira vez. Isso, claro, se o são-paulino Edgardo Bauza confirmar a escalação de Ganso, um mistério que as atividades dos últimos dois dias não desvendaram.
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