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Mano consegue solução inesperada e promove Henrique e Hudson à titularidade

Antigo reserva de Henrique, Hudson se firmou no time e deverá atuar ao lado do capitão - Washington Alves/Cruzeiro
Antigo reserva de Henrique, Hudson se firmou no time e deverá atuar ao lado do capitão Imagem: Washington Alves/Cruzeiro

Enrico Bruno

Do UOL, em Belo Horizonte

25/04/2017 04h00

Um era reserva do outro, mas agora eles formam a nova dupla de volantes do Cruzeiro. Destaques do Cruzeiro na semifinal diante do América-MG, Henrique e Hudson e parecem ter convencido Mano Menezes de que podem ser titulares mesmo apresentando características bem parecidas. A solução, encontrada de forma despretensiosa, muda a visão que o treinador tinha para o meio-campo do time celeste. 

Desde o início do ano, Mano não escondeu que Henrique e Ariel Cabral seriam seus principais atletas no meio-campo defensivo. Desta forma, Hudson era o substituto natural como primeiro volante e só beliscou uma vaga no time por causa da lesão muscular que afastou o capitão por quase um mês. Contudo, em poucas partidas, o ex-são paulino não deu mais brecha e se firmou. Quando Henrique se recuperou, surgiu a dúvida sobre a titularidade.

O dilema parecia complicado, mas Mano viu na ocasião uma necessidade de ser coerente. Com a saída de Cabral, lesionado, a mudança natural seria a entrada de Lucas Silva ou Romero. Foi Henrique, no fim, quem ganhou a chance. 

"Nós já conhecemos o Henrique. Ele só estava readquirindo o seu ritmo para voltar em uma condição melhor. A questão do Hudson é que eu chamei os jogadores que são considerados de segunda função, que são Lucas Silva e Romero, e disse a eles que naturalmente um dos dois seria escolhido para iniciar o jogo. Porém, em função do que vinha acontecendo com Hudson, e também porque aí seriam dois jogadores novos entrando no setor, Henrique e mais um, eu iria escolher Hudson, porque seria mais coerente para o momento", explicou Mano, citando o bom momento do volante.

Negociado para o Cruzeiro com indicação e aval de Mano, Hudson foi titular nos últimos quatro jogos do time. Mesmo ao lado de Henrique, não abriu mão do estilo cão de guarda, tendo já efetuado 30 desarmes em 12 partidas pelo time. Contudo, quando teve liberdade, subiu ao ataque e surpreendeu. Foi assim ao balançar as redes contra o São Paulo, seu ex-clube, e ao atacar de ponta, fazendo praticamente toda a jogada que terminou com o gol de Arrascaeta, no último domingo.

"A gente fica mais na marcação, o Hudson está vivendo um bom momento, nos ajudando bastante. Ele é um volante de marcação, mas também tem chegado à frente, isso é importante porque vamos ajustando. Estamos sendo à disposição, quando tiver a oportunidade, esperamos corresponder o esperado", elogiou o volante Henrique.