Sorteio de camisa e open bar: Atlético planeja ter 100 mil sócios em 2017
Entre o fim de 2016 e o começo de 2017 a diretoria do Atlético-MG sofreu algumas mudanças. Então diretor de planejamento, Rodolfo Gropen assumiu a presidência do conselho deliberativo e deu lugar a Pedro Tavares, que se tornou diretor de planejamento e marketing. Diretora executiva do Atlético por muitos anos, Adriana Branco deixou o clube para assumir uma secretaria na prefeitura de Belo Horizonte. Lucas Couto passou a integrar a direção atleticana, com o cargo de diretor de administração e controle.
Entre as tarefas dos novos diretores, está a de aumentar o número de sócios torcedores do clube. Passar de 100 mil associados ainda em 2017 é o grande objetivo dentro do Atlético. Atualmente, de acordo com números do clube, são mais de 74 mil sócios. De acordo com os números do Movimento Por Um Futebol Melhor, o Atlético tem 72,9 associados.
Desde o começo de 2017 o Atlético tem tratado de maneira diferente o Galo na Veia, nome que leva seu programa de sócio-torcedor. A contratação de Elias foi um exemplo claro da importância que o sócio ganhou dentro do clube nas últimas semanas. Um SMS foi enviado a cada associado, informando e agradecendo a ajuda para que o negócio fosse concretizado de forma positiva para o clube.
Ações que vão além sortear sócios para apresentação de jogadores, como aconteceu com dois torcedores no dia da chegada de Elias. Sócios na modalidade Preta (também chamada de Black), que pagam R$ 2.640,00 por ano e têm acesso garantido em todas as partidas do Atlético como mandante. E é este sócio que recebe um tratamento especial por parte da diretoria, neste primeiro momento.
No jogo contra o Joinville, pela Primeira Liga, no Independência, o clube fez open bar de cerveja no setor Ismênia, destinado aos sócios com entrada garantida nos jogos do Atlético. Ação que pode ser repetida em todas as partidas, desde que o número de sócios da modalidade preta suba de 2,9 mil para 5 mil, como explica o diretor de administração e controle, Lucas Couto.
“Se a gente alcançar número de cinco mil sócios no Black, vai ter open bar todos os jogos, incluindo refrigerante e água. Só não vai ter open food, por enquanto”, contou o novo dirigente do Atlético, ao UOL Esporte.
O auge do Galo na Veia preto aconteceu entre 2012 e 2014. Período em que o time tinha Ronaldinho Gaúcho como grande estrela e conquistou importantes títulos, como a Copa Libertadores de 2013, a Recopa em 2014 e a Copa do Brasil, também em 2014. Neste período o clube atingiu 5.400 sócios na modalidade Preta, a quantidade máxima possível, já que o número de vagas é de acordo com a capacidade do setor Ismênia, no Estádio Independência.
Outra ação feita visando o crescimento e a fidelização de sócios na modalidade preta é o sorteio de camisas oficiais. Em uma promoção com uma rádio de Belo Horizonte, um associado é sorteado por dia e tem direito de ir até a loja oficial do clube e retirar o prêmio.
Mas para superar a barreira de 100 mil sócios, o Atlético precisa fazer crescer também as outras modalidades de sócios, a Prata e Branca, que pagam anualmente R$ 420 e R$ 156, respectivamente. Entre os benefícios para esse tipo de associado, o clube a venda de ingressos como atrativo. Preferência e descontos, em relação ao torcedor que não faz parte do Galo na Veia.
“Isso é uma meta que o presidente (Daniel Nepomuceno) lançou quando se candidatou (em 2014). Vamos fazer de tudo para 100 mil, agora em 2017. Nunca foi passado um desafio para a torcida do Atlético que ela não conseguiu superar. O impacto financeiro positivo seria muito grande. E quando se tem um número alto de sócios, também se tem um número grande de torcedores e campo. Para ganhar a Libertadores, os torcedores precisam querer ganhar também. Não basta apenas a vontade dos jogadores, o torcedores também precisam ajudar”, disse Lucas Couto, deixando claro que a competição continental é um dos grandes atrativos usados pelo clubes na busca por novos sócios.
“Na Libertadores só estão os melhores times da América. No Brasil o Atlético está entre eles e em Minas Gerais só vai ter o Atlético. Pelo que sei, não tem nenhum outro daqui. Nossa meta e vontade é chegar aos 100 mil sócios. O Daniel foi o único presidente do Atlético que esteve na Libertadores em todos os anos do seu mandato (2015 a 2017) e sempre trouxe jogadores importantes para disputar a competição. Então eu confio que vamos bater essa meta”.
Para os três jogos da fase de grupos da Libertadores, por exemplo, o sócio da modalidade prata tem a opção de comprar todos por R$ 213, sendo que o ingresso para cada jogo vai custar R$ 200 para quem não for sócio do clube. No clássico deste domingo, com o América-MG, pelo Estadual, mais um agrado. O sócio que comprar ingresso, tem direito a levar uma criança de até sete anos como acompanhante.
“Estamos com várias ações valorizar o nosso sócio, foi um pedido feito pelo presidente (Daniel Nepomuceno). É voltar com a família para o campo, para ter paz nos estádios”, contou Lucas Couto, que promete um domingo diferente para o atleticano.
“Vamos ter eventos na esplanada, um aquecimento para o Carnaval. Vai ser para o nosso sócio-torcedor”.
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