"Jogando para a plateia", diz diretor do Atlético-MG sobre ameaça do Grêmio
Após conseguir bloquear mais de R$ 10 milhões do Atlético-MG referente à venda de Lucas Pratto ao São Paulo, o Grêmio promete acionar a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e pedir para que o clube mineiro seja punido, ficando até dois anos sem poder fazer registros de novas contratações. Medidas do Grêmio para tentar receber uma dívida de quase cinco anos, quando vendeu o goleiro Victor ao Atlético-MG, no fim de junho de 2012.
São duas ações diferentes. Sobre o fato de o Grêmio ir até a CBF e cobrar uma punição ao Atlético não é uma preocupação da diretoria alvinegra, pelo menos neste momento.
“O Grêmio está jogando para a plateia dele lá. No ano passado, ele disse que iria entrar com uma ação, entre aspas, na Fifa. Mas agora chegou à conclusão de que isso não tem o menor cabimento. Agora vem com essa de CBF. Se a ação é uma discussão civil, que está no Poder Judiciário, é no Poder Judiciário que será resolvido. Não tem nenhuma pertinência essa colocação do Grêmio. Trata-se de uma informação simplesmente absurda e não tem o menor cabimento”, disse o diretor jurídico do Atlético, Lásaro Cândido Cunha, em entrevista à Rádio Itatiaia.
Já sobre o bloqueio de parte do dinheiro referente à venda de Lucas Pratto, o dirigente atleticano informou que o clube ainda não foi notificado, mas que vai recorrer da decisão, tão logo que tiver acesso aos autos.
“O Atlético recebeu a notícia desse bloqueio, tem apenas a notícia, não tivemos acesso aos autos. Mas vamos esclarecer ao torcedor. São duas ações: uma do Atlético contra o Grêmio e outra do Grêmio contra o Atlético. Há uma discussão do valor que é devido. As partes já tentaram uma composição antes, mas não chegamos a um termo. Então, o Grêmio decidiu promover a ação questionando o valor global, mas o Atlético entende que este não é este o valor porque tem crédito para receber também na transação que envolveu o Werley”, disse o dirigente atleticano, que ainda viu a decisão do juiz Mauro Caum Gonçalves, da 17ª Vara Cível de Porto Alegre, como um atropelamento.
“Para definição dessa questão, nós oferecemos um bem, avaliado em mais de R$ 40 milhões. E a partir daí o juiz ia definir as impugnações das partes. Ao nosso ver, se de fato o ocorreu o que está sendo noticiado, o juiz atropelou o andamento regular das impugnações, o que faz com que nós teremos de promover eventuais recursos. Ou seja, se de fato ocorreu isso, o juiz teria desrespeitado as regras processuais. Qualquer devedor que discute o próprio valor, ele pode oferecer um bem, não tem de ser necessariamente o dinheiro, um bem. Esse bem vai ficar bloqueado até a decisão final do Poder Judiciário. E vamos avaliar assim que recebermos as notificações, termos acesso ao processo, para tomar as medidas que o caso requer”, completou Lásaro Cândido Cunha, diretor jurídico do Atlético.
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