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Cícero brilha no reencontro com Renato e sob contrato mínimo no Grêmio

Cícero assinou com o Grêmio por três meses e só pode atuar na Libertadores - REUTERS/Diego Vara
Cícero assinou com o Grêmio por três meses e só pode atuar na Libertadores Imagem: REUTERS/Diego Vara

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

23/11/2017 11h00

Cícero saiu do banco, marcou o gol do Grêmio e virou herói no primeiro jogo da final da Libertadores, diante do Lanús-ARG na vitória por 1 a 0. Nove anos depois, outra vez ao lado de Renato Gaúcho, o meia polivalente confirmou a aposta do treinador e fez valer a negociação incomum. Com três meses de contrato, sendo reforço exclusivo para o torneio e com salário abaixo de R$ 100 mil, considerado baixo para o padrão do elenco. Clique e assista os lances de Grêmio 1 x 0 Lanús.

O meia polivalente dividiu a frustração de 2008 com Renato. Ambos estavam naquele Fluminense que perdeu o título da América para a LDU, nos pênaltis, em pleno Maracanã.

Cícero acertou com o Grêmio no final de setembro. Último reforço do ano, ele chegou para agregar experiência e ser um coringa do meio para frente. Volante mais avançado, meia armador e até centroavante.

O curioso é que o negócio tem peculiaridades. Cícero jogou 10 partidas do Brasileirão pelo São Paulo, então não pode atuar no campeonato nacional com a camisa do Grêmio. Ou seja, só entra em campo quando for duelo de Libertadores.

"Eu vim com um contrato de risco, mas sabia do meu potencial. Vim para jogar quatro ou seis jogos (o número aumentará se o Grêmio for campeão da Libertadores e garantir vaga no Mundial de Clubes, nos Emirados Árabes)”, comentou o camisa 27.

Além da limitação de jogos, Cícero topou um contrato mínimo em termos de duração: três meses. Encostado no São Paulo, ele abraçou a chance de fechar a temporada na Arena. Com opção de prorrogar por mais um ano, caso haja interesse de ambas as partes.

Internamente a contratação de Cícero dividiu opiniões. Pela idade, pelo tempo sem jogar (a última partida dele antes de assinar com o Grêmio havia sido em 24 de julho). Mas Renato bancou e pediu para que a investida fosse feita. E ela acabou sendo realizada.

Cícero estreou nos 10 minutos finais do jogo contra o Barcelona-EQU em Guayaquil. Foi titular contra o mesmo adversário na Arena do Grêmio, substituindo o lesionado Lucas Barrios. E entrou relativamente cedo na final diante do Lanús.

“Eu o conheço. O coloquei e falei para ele entrar na área. Ele fez muitos gols jogando comigo. Eles faz muitos gols e gosta”, comentou Renato.

Cícero e Renato Portaluppi ainda tem um jogo pela frente para exorcizar o fantasma de 2008 que fala espanhol. E se o título vier, o "contrato de risco" pode ser substituído por um melhor.