Corinthians: pivô de caso Vai de Bet tem 4 contas vazias e 1 com R$ 20 mil
Busca feita por ordem da Justiça localizou cinco contas da Neoway Soluções Integradas em instituições financeiras. Quatro delas estavam vazias. Na única em que havia dinheiro foram encontrados R$ 20 mil. O valor foi bloqueado.
Pivô do caso Vai de Bet, que sacudiu o Corinthians, a empresa teve sua quebra de sigilo bancário determinada pela Justiça na última terça (23). Também foi determinado o sequestro e o bloqueio dos ativos eventualmente encontrados nas contas.
A pesquisa aconteceu por meio do Sisbajud (Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário).
O pedido foi feito pelo delegado Tiago Fernando Correia, da 3ª Delegacia do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC). O inquérito instaurado por ele apura suposta prática de lavagem de dinheiro, além de outros possíveis crimes.
A Neoway recebeu transferências da Rede Social Media Design, apontada oficialmente como intermediária do contrato de patrocínio entre Corinthians e Vai de Bet.
Os envios de aproximadamente R$ 1 milhão foram feitos depois de a Rede Social receber do Corinthians R$ 1,4 milhão como parte dos cerca de R$ 25,2 milhões que ela receberia como comissão.
Para a polícia, a Neoway é uma empresa de fachada aberta em nome de Edna Oliveira dos Santos, beneficiária do Bolsa Família. Edna alega que desconhecia a existência da empresa registrada em seu nome.
Até a conclusão deste post, a polícia não havia recebido os extratos detalhados das contas localizadas.
Só depois que isso acontecer será possível confirmar se em uma delas foi depositado o dinheiro enviado pela Rede Social.
O exame dos extratos fará com que a polícia tente seguir o caminho do dinheiro que saiu do Corinthians. O clube é tratado como vítima na investigação.
Em depoimento à polícia e ao MP, Alex Cassundé, dono da Rede Social, afirmou que apresentou o contato da Vai de Bet para o clube, mas não participou da negociação. Ele ainda disse que, inicialmente, não exigiu comissão. O pagamento teria sido oferecido ao empresário pela diretoria alvinegra.
Cassundé afirmou que pagou à Neoway pela implementação de um sistema de consultas veterinárias à distância, mas que o serviço nunca foi prestado.
O caso policial desencadeou uma debandada de diretores da gestão comandada por Augusto Melo e culminou com a rescisão contratual feita pela Vai de Bet.
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