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River x Vélez de hoje pode decretar o fim da era Gallardo na Libertadores
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A metade vermelha e branca da Argentina se prepara para uma quarta-feira (6) insana. Em desvantagem na série contra o Vélez Sarsfield, o River Plate abre o Monumental de Núñez às 21h30 (de Brasília) para mais uma noite de superlotação e loucura.
Mais de 80.000 pessoas são esperadas para fazer o estádio arder à beira do Rio da Prata. A diretoria permitiu a entrada de bandeiras e de instrumentos musicais para tentar reverter o 1 a 0 da ida conquistado pelo valente Vélez no bairro portenho de Liniers.
Adeus a Gallardo?
Exceto pelos fanáticos, há um certo pessimismo em Buenos Aires. Na ida, o River Plate foi massacrado pelo Vélez, por mais que a derrota tenha sido apenas de 1 a 0.
O funcionamento deste River foi o mais preocupante dos últimos anos. O time simplesmente não funcionou.
Na entrevista depois de perder para o Vélez, Marcelo Gallardo foi sincero ao reconhecer que o River simplesmente sumiu: "Não me lembro de outra série em que começamos tão mal assim".
Como contamos na semana passada, as rádios e TVs portenhas cravam juntas: desde a semifinal de 2017, contra o Lanús, o River não era tão batido e abatido por um rival argentino. O Vélez entrou para massacrar o River em cada dividida, propondo um combate que fez o gigante de Núñez se encolher.
O único ponto alto vestindo vermelho e branco foi o goleiro Franco Armani.
O Vélez poderia ter saído fácil com um 3 a 0 ou até mesmo um 4 a 0. Os gols perdidos pelo adversário e o brilho do seu arqueiro permitiram ao River uma sobrevida neste mata-mata que pode ser representar o fim da era Gallardo na Libertadores.
O lendário treinador da equipe já decidiu deixar o River ao final do ano. Resta saber se o final da Libertadores será já nesta quarta-feira.
O time sente a falta de jogadores mais experientes. Por mais que Armani e Enzo Pérez sigam na equipe, há a sensação geral de que medalhões de outros tempos —como Sánchez, Ponzio, Maidana, Pinola, Scocco e Pratto— são hoje uma pálida lembrança.
Mesmo os destaques esporádicos, como Paulo Díaz e Enzo Fernández, sofrem altos e baixos preocupantes. As contratações como Esequiel Barco também não renderam bem até aqui. Julián Álvarez está de saída e não há um substituto garantido —um grande sinal de desorganização.
É claro que ninguém vai levantar a voz para questionar Gallardo e seus oito anos à frente do River. Mas um revés na noite de hoje será sim um golpe duro nele e na torcida que se acostumou a olhar os adversários argentinos de cima para baixo nas últimas temporadas.
Citamos na semana passada e vale repetir: "Tudo o que termina, termina mal", canta o roqueiro Andrés Calamaro, um dos mais conhecidos da Argentina, no sucesso "Crimenes perfectos". A noite de hoje dirá.
Escalações
RIVER PLATE: Franco Armani; Emanuel Mammana, Paulo Díaz, David Martínez e Milton Casco; Enzo Pérez, Enzo Fernández, José Paradela e Nicolás De La Cruz; Julián Álvarez e Braian Romero. Técnico: Marcelo Gallardo.
VÉLEZ SARSFIELD: Lucas Hoyos; Leonardo Jara, Matías De Los Santos, Valentín Gómez e Francisco Ortega; Máximo Perrone e Nicolás Garayalde; Luca Orellano; Lucas Pratto, Lucas Janson e Walter Bou. Técnico: Alexander "Cacique" Medina.
Os 14 títulos de Gallardo em 8 anos de River
- Três Recopas Sul-Americanas (2015, 2016 e 2019)
- Três Copas Argentinas (2016, 2017 e 2019)
- Duas Libertadores da América (2015 e 2018)
- Duas Supercopas Argentinas (2018 e 2021)
- Uma Copa Sul-Americana (2014)
- Uma Copa Suruga Bank (2015)
- Um Campeonato Argentino (2021)
- Um Troféu dos Campeões argentinos (2021)
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